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Em 2004, Nelson Sales sofreu um acidente de moto que o impossibilitou de movimentar o braço direito normalmente. “Chama-se lesão no plexo braquial”, explica. Desde então, ele passou a ter dificuldades em retornar ao mercado de trabalho. “Não sei se em função da lesão, se foi psicológico, ou por conta da idade, sei que as portas fecharam”, lembra Sales.
 
A partir daí, ele começou a se dedicar com mais afinco aos concursos públicos. “Tenho uma coleção de concursos até fora de Sergipe. Passei em vários, mas não me chamavam. Até que fiz a prova para assistente administrativo II da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), passei e fui chamado”, conta o funcionário público que assumiu a função em 1º de dezembro do ano passado, na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.
 
Do total de vagas disponibilizado no concurso realizado em março de 2009, 5% foram destinados às pessoas com deficiência física. “Porém, nem todas as categorias tiveram inscrições para essa modalidade. Algumas outras tiveram, mas ninguém foi aprovado”, explica o diretor administrativo-financeiro da FHS, Emanuel Messias. Do total de aprovados, somente cinco não foram chamados, o que corresponde a apenas 17%.
 
Segundo o diretor administrativo-financeiro, os novos profissionais também vão contribuir para a construção de um novo modelo de saúde pública. “Todos entraram aqui pelo mérito do conhecimento, o fator principal. Trata-se de pessoas aprovadas em uma seleção pública e ficamos felizes em recebê-los por saber que vão nos ajudar a prestar um bom serviço à população”, enfatizou Emanuel Messias.
 
Atividades
 
Outra profissional que faz parte dos aprovados com necessidades especiais é a fisioterapeuta Júlia Farias. Segundo ela, a opção pelo concurso se deu porque queria voltar a morar em Aracaju. “Estava a dois anos em Salvador e quando abriu o concurso decidi fazer”, conta a fisioterapeuta formada há 10 anos.
 
Hoje, Júlia está na pediatria do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), atendendo entre 20 e 25 crianças por semana no pronto-socorro, na enfermaria e no Centro de Terapia Intensiva (CTI). “O atendimento ao paciente é realizado por uma equipe multidisciplinar. Conversamos com todos os profissionais: médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos”, ressalta.
 
A necessidade especial da fisioterapeuta está relacionada à visão. Em 2001, ela descobriu que tinha uma doença chamada ceratocone, que afeta as córneas. “Mesmo com os óculos, a capacidade visual é de cerca de 60%”, diz Júlia Farias, acrescentando que já está na fila para realizar transplante de córnea no olho esquerdo.
 
Kátia Santana, psicóloga com especialização em psicanálise infantil, também foi lotada na pediatria do Huse. Trabalhando na unidade desde fevereiro deste ano, ela é responsável por dar suporte emocional às crianças internadas e aos familiares. “Por ser uma unidade infantil, não é uma tarefa fácil. Os pais, muitas vezes, ficam ansiosos e acabam comprometendo o tratamento”, explica a psicóloga, que tem deficiência nos membros inferiores.

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