FHS ativará o centro cirúrgico do Hospital de Lagarto em março

Até o final de março deste ano, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de Lagarto e demais municípios da região Centro-sul do Estado poderão dispor de um novo serviço no Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro. Trata-se do Centro Cirúrgico da unidade hospitalar, gerenciada pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) e que deve começar a operar nos próximos 90 dias.

A previsão de abertura do Centro Cirúrgico para ainda este semestre foi feita pelo diretor geral da FHS, Emanuel Messias Júnior. “Nossa expectativa é a de que a comunidade de Lagarto e região possa contar ainda até março deste ano com seu centro cirúrgico, num hospital moderno e com equipamentos de ponta. A perspectiva é a de que consigamos viabilizar isso até num menor espaço de tempo, porque estamos agilizando todos os procedimentos na diretoria para que possamos conferir a este hospital mais um importante serviço”, disse o diretor da Fundação Hospitalar.

A ativação do Centro Cirúrgico se constitui num passo significativo para consolidar o perfil de média complexidade do Hospital Regional de Lagarto concebido pela Reforma Sanitária e Gerencial do SUS, implementada desde 2007 pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a fim de descentralizar, qualificar e interiorizar os serviços de saúde de urgência e emergência. Somente em dezembro de 2011, a unidade, primeira a disponibilizar dez leitos de terapia intensiva no interior sergipano, foi responsável por pouco mais de 10.500 atendimentos de urgência e emergência, o que vem contribuindo para reduzir significativamente o fluxo de pacientes para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), na capital.

Perfil

“A configuração do Hospital de Lagarto é de uma unidade de média complexidade. Por isso, vamos iniciar basicamente com a realização de cirurgias de trauma e ortopedia, mas a expectativa da Fundação é a de que possamos qualificar a unidade para que futuramente possa realizar procedimentos mais complexos, porque dispõe de estrutura e equipamentos para isto”, explica o superintendente da unidade, o médico Fábio Mendes Fernandes. Segundo ele, com a ativação do Centro Cirúrgico, será possível organizar melhor a rede hospitalar estadual, desobstruindo ainda mais o Huse, que é referência em alta complexidade.

De acordo com o diretor operacional da FHS, Edivaldo dos Santos, nos três primeiros meses, o Centro Cirúrgico realizará exclusivamente procedimentos em traumatologia, como os relacionados a fraturas de pernas, braços e tornozelos e cirurgias gerais, como hérnias e apendicites. “Num segundo momento, à medida que estiverem melhor definidas as escalas médicas e os fluxos de trabalho na unidade, poderemos realizar cirurgias eletivas de média complexidade”, revelou.

Segundo ele, é intenção da FHS estender o rol de cirurgias a serem realizadas pelo Centro Cirúrgico do Hospital Regional de Lagarto, procedimentos mais complexos, em especial os torácicos. “Esperamos criar na unidade um núcleo de atendimento às cirurgias de tórax. Para tanto, a fundação está contratando profissionais e adquirindo os equipamentos necessários”, informou Edvaldo dos Santos.

O diretor operacional lembrou que a realização dessas cirurgias mais complexas será possível porque o hospital já atende a pré-requisitos técnicos necessários para tal, como a existência de leitos de terapia intensiva. “Esses pacientes [submetidos a cirurgias torácicas] após o procedimento devem ir obrigatoriamente para a UTI, que deve ter no mínimo um leito reservado para este fim”, ressaltou.

Estrutura

Com 5.200 mil metros quadrados de área construída, o Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho foi inaugurado em julho do ano passado, representando um investimento total, por parte do Governo de Sergipe, de R$ 22.091.970,70, dos quais R$ 13.581.097,68 em obras, R$ 6.431.177,77 em equipamentos e o restante em mobiliário técnico. Somente no Centro Cirúrgico, foram investidos aproximadamente R$ 1,5 milhões para equipá-lo. A unidade dispõe de quatro salas cirúrgicas, com equipamentos modernos, como mesas, arcos e focos cirúrgicos, bisturis eletrônicos e carros de anestesia, além de uma Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) com cinco leitos.