[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O Projeto de Capacitação e Geração de Renda vem obtendo bons resultados em diversos bairros da capital. A iniciativa, desenvolvida desde maio pela Prefeitura de Aracaju através da SMASC – Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania –, busca proporcionar novas formas de trabalho para as famílias cadastradas no Peti – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.
Atualmente, estão sendo desenvolvidos os cursos de tapeçaria, no Lamarão; artesanato em cerâmica e material reciclado, no Alto da Jaqueira; culinária, no Santos Dumont; velas decorativas, no São Carlos; moda praia, no Santa Maria e de bijuterias, no Augusto Franco.
As aulas acontecem nas unidades do Peti dos respectivos bairros, com 30 alunos para cada curso. Através do projeto, 180 famílias de baixa renda são beneficiadas com a capacitação e uma bolsa mensal de R$ 70,00.
“Além de buscar alternativas para o desemprego, estamos trabalhando a sociabilização e o reforço dos laços familiares. Isso é de fundamental importância, pois a desestrutura familiar, somada à falta de emprego, é uma das maiores causas da mendicância e do trabalho infanto-juvenil”, ressalta a secretária municipal de Assistência Social, Ana Côrtes.
O curso de velas decorativas, desenvolvido no Instituto e Creche Menino Jesus, no bairro São Carlos, por exemplo, tem a parte técnica e a teórica. Na primeira, as alunas, mães de crianças que integram o Peti em Aracaju, aprendem a aplicar técnicas de pintura e a produzir velas. Na segunda, as mães discutem, com a orientação da instrutora, temas relacionados à vida em família e em sociedade.
As discussões começam refletir positivamente entre o grupo de mães, como demonstra Maria José Teles, 29 anos, 4 filhos. “Eu já estava muito satisfeita com o progresso do meu filho depois que ele entrou no Peti. E agora ainda mais, com esse curso que nos ensina tantas coisas. Aprendi a conversar mais com meu marido e com meus filhos. Percebi que eles melhoraram bastante porque eu estou mudando para melhor”, comemora a dona de casa. Diz ainda que tem a intenção de aplicar as técnicas de pintura, que aprendeu no módulo básico, em outros materiais, ampliando assim a variedade de artigos produzidos.

Oportunidades

“Hoje, o mercado de trabalho não exige apenas que você saiba fazer algo, mas também que você saiba se portar. Por isso, trabalhamos a questão das relações interpessoais e incentivamos a auto-estima dessas mulheres”, explica a coordenadora do curso de velas, a assistente social Rosária Rabelo. Segundo ela, é necessário aproximar as alunas do mercado de trabalho, pois vivem uma realidade bem diferente da realidade do público que consome o que estão produzindo.
Nesse sentido, a coordenação do curso de velas está organizando uma visita ao shopping Jardins, que concentra um bom número de lojas que comercializam esse produto. A visita, além de contribuir para orientação dessas mulheres, será a primeira oportunidade que muitas vão ter de ir a um shopping. A iniciativa foi fruto de uma solicitação das próprias alunas.
A dona de casa Edineide Aranha, 38 anos, 8 filhos, não vê a hora da visita acontecer. “Estou acreditando mais em mim e descobri do que eu sou capaz. Não sabia que tinha jeito para o artesanato. Quero conhecer as lojas para ter novas idéias e ver como são vendidas as velas”, afirma.
Assim como Edineide, sua vizinha Marlene dos Santos, 38 anos, 5 filhos, também está empolgada. “Eu até já comprei algumas formas, com o dinheiro da bolsa, para continuar produzindo depois que acabar o curso”,diz.
A previsão é de que o curso termine no mês de outubro. A vontade da maioria das alunas é dar continuidade à produção. Elas pensam em se reunir numa espécie de cooperativa para facilitar a produção e o escoamento para o mercado.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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