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A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), dá continuidade ao ciclo de capacitações sobre álcool e outras drogas, com enfoque no crack, para trabalhadores que integram a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), mais especificamente das áreas de Atenção Básica, Psicossocial e Assistência Social. O processo de capacitação teve início com a aula inaugural que aconteceu no hotel Parque dos Coqueiros, na capital, no final de maio, e busca atingir cerca de 2.300 profissionais dos municípios sergipanos.
 
A iniciativa conta com a orientação do gabinete da primeira-dama do Estado, Eliane Aquino, e caminha de mãos dadas com o Plano Estadual de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado no último dia 8, pelo governador Marcelo Déda. A ação, criada para mobilizar toda a sociedade, envolve as secretarias de Estado da Saúde (SES), Educação (Seed), Segurança Pública (SSP) e Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides). A ideia é incorporar várias secretarias e as prefeituras em um trabalho integrado para combater de forma contundente e eficaz a problemática do crack em todo o estado.
 
O plano está dividido em quatro eixos: prevenção e mobilização social; cuidado e atenção ao usuário e à família; reinserção social; e repressão. À SES cabe, principalmente, o segundo eixo. Para isso, a secretaria já está agindo para colocar em prática algumas ações, dentre elas: abrir edital para Casa de Acolhimento Transitório, que vai dispor de 12 vagas; incentivar o custeio aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps); implantar o disque saúde com o número 0800 282 2822, já em funcionamento desde o último dia 8, para orientações e esclarecimentos sobre o crack; e continuar o processo de capacitações.
 
Capacitações

 
Para o tratamento dos usuários do crack, a SES está capacitando os profissionais desde o atendimento de desintoxicação até o tratamento de reabilitação. O médico Fernando Vieira, que faz parte da turma de 60 alunos que está sendo capacitada esta semana, acredita que esse processo de ensino é de extrema importância no sentido de preparar o profissional para receber um cidadão que esteja enfrentando problemas com o crack. “Com as capacitações, todos nós ficaremos atualizados sobre a melhor forma de atender o usuário, de recebê-lo e ajudá-lo para o melhor encaminhamento na busca pela cura”, afirmou.
 
Até dezembro, profissionais dos 75 municípios ligados à rede hospitalar, equipes do Programa de Saúde da Família e Samu 192 Sergipe, além dos Caps e Centros de Referência em Assistência Social (Cras e Creas) serão capacitados, totalizando aproximadamente 2.300 profissionais. De acordo com Andréia Iung, coordenadora da Educação Permanente da Funesa, um dos objetivos das capacitações é possibilitar o diálogo entre a rede intersetorial do plano de enfrentamento do crack. “Até o final do ano, a rede vai estar devidamente capacitada para dialogar de forma conjunta sobre prevenção, promoção, reabilitação e inclusão. O fortalecimento da rede é essencial na batalha e assim, teremos uma melhoria do atendimento ao público necessitado”, enfatizou.
 
Além de todos os profissionais de saúde de Sergipe, serão também capacitados assistentes sociais, diretores e professores de escolas públicas estaduais e municipais. “É um tema da atualidade e todos os atores que puderem ser envolvidos têm que acolher e ajudar os usuários. Só assim, conseguiremos enfrentar esse problema que hoje chamamos de epidemia do crack”, afirma Alynne França, gestora da Diretoria de Atenção Psicossocial da SES e responsável técnica pelas regiões de Estância de Lagarto. As aulas para esse grupo seguem até a próxima, sexta-feira, 18, na sede da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ETSUS-SE).
 
Cenário
 
O crack é uma droga nova que apareceu no mercado brasileiro de forma agressiva, com fácil acesso e preço baixo, e causa dependência e danos físicos rapidamente. Apesar de indícios do uso entre pessoas da classe média, afeta mais diretamente populações mais vulneráveis – população de rua, crianças e adolescentes.
 
Dados de 2005 estimavam em 380 mil o número de usuários, provavelmente dependentes do crack no Brasil. Hoje, o Ministério da Saúde estima que existam 600 mil usuários de crack no país. Inicialmente, o uso da droga era restrito a São Paulo. De cinco anos para cá, espalhou-se por centros urbanos de todas as regiões, e Sergipe não ficou livre disso.
 
Indiscutivelmente, a droga produz um forte impacto na rede pública de saúde, desde a atenção básica até os hospitais, no atendimento de problemas decorrentes do consumo da pedra, acidentes e violências relacionados ao crack e tratamento da dependência. Os usuários de crack também ficam mais expostos a relações sexuais desprotegidas e a doenças sexualmente transmissíveis e hepatites em geral.

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