Estado inicia campanha de vacinação contra paralisia infantil
A secretária adjunta de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, abriu neste sábado, 16, a primeira etapa da campanha de vacinação contra poliomielite (paralisia infantil) no município de Porto da Folha, a 190 quilômetros da capital. Juntamente com o prefeito da cidade, Manoel de Rosinha, a secretária destacou a importância de continuar a vacinar as crianças de até cinco anos para manter a doença erradicada no Brasil, o que vem acontecendo desde 1989.
"A poliomielite é um problema de saúde pública e, apesar de estar erradicada no Brasil, o vírus ainda existe em outros países. Nós não podemos vacilar e, por isso, é importante que todas as crianças sejam vacinadas não apenas nesta, mas também nas próximas doses, e aproveitem para atualizar o seu cartão de vacinação", disse Mônica Sampaio.
Porto da Folha tem 3.054 crianças e a meta de cobertura deste ano é de 100%. Em 2006, 2.996 crianças foram vacinadas no município, o que representou 98,1% de cobertura. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para 2007 é de 95% de cobertura, o equivalente a 211.352 crianças em Sergipe. A próxima etapa da campanha contra poliomielite vai acontecer em 25 de agosto.
O prefeito Manoel de Rosinha agradeceu a escolha feita pelo Governo do Estado para que Porto da Folha fosse escolhida para abrir a campanha e se mostrou confiante no alcance da meta de 100% das crianças vacinadas. "Não tenho dúvidas de que Sergipe vive o início de uma grande revolução e, juntos, vamos vencer mais uma vez a paralisia infantil. Temos sido atendidos por este governo como nunca fomos antes e, com as parcerias que estamos fazendo, a sociedade é a maior beneficiada", enfatizou.
Para dona Marluce Souza, mãe de nove filhos, dos quais cinco estão em idade de vacinação, o dia das duas gotinhas contra a poliomielite é uma festa. "Geralmente os meninos têm medo de tomar vacina porque não gostam de injeção, mas hoje eles me pediram para vir logo até o posto. É muito bom saber que basta tomar as gotinhas para que eles estejam protegidos", falou.
Todos os municípios sergipanos receberam as vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde e distribuídas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no dia 5 de junho. Há uma semana a vacinação começou a ser realizada nos povoados e locais de mais difícil acesso para garantir que nenhuma criança deixe de ser imunizada.
Além da vacina contra a pólio, também foram disponibilizadas nos postos de saúde outras vacinas do calendário nacional como a tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e meningite), a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba), e as doses para prevenir hepatite B e rotavírus. "Dar a vacina às crianças é responsabilidade dos pais. Só através das duas gotinhas, podemos ficar livres do vírus que matou e deixou muitos paralíticos", alertou a gerente de imunizações da SES, Sândala Oliveira.
A doença
A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início repentino que pode levar à morte e acomete em geral os membros inferiores, tendo como principais características a flacidez muscular. A doença foi de alta incidência no país antes de 1980, quando foi instituída a vacina pelo governo.
A transmissão do poliovírus ‘selvagem’ pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, comum em locais onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Estado inicia campanha de vacinação contra paralisia infantil – Foto: Marcio Garcez/Saude