Estado e municípios fazem diagnóstico sobre situação da citricultura sergipana
Os problemas enfrentados pela citricultura sergipana vêm sendo tema constante de reuniões entre o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), prefeituras municipais e entidades representativas ligadas a produtores citrícolas.
A última dessas reuniões aconteceu no dia 29 de setembro, no município de Boquim, e envolveu os secretários de agricultura dos principais municípios que compõem a região citrícola do Estado. Na pauta, foram discutidas a atual situação e as ações que deverão nortear o desenvolvimento da cultura.
Segundo o diagnóstico apresentado pelos secretários, a região citrícola enfrenta problemas das mais diversas ordens. Exemplo disso são as perdas dos pomares por conta da estiagem prolongada; o endividamento dos agricultores e a burocracia na liberação de crédito junto aos principais agentes financeiros; o baixo número de pesquisas voltadas para a citricultura; o baixo preço da produção praticado na hora da comercialização; o baixo efetivo de técnicos da área e assistência técnica e extensão rural; a monocultura; falta de mão-de-obra qualificada e o êxodo rural.
Para cada uma dessas problemáticas diagnosticadas, os secretários municipais apresentaram as possíveis soluções no sentido de revitalizar a citricultura do Estado. A ação mais apropriada para recuperar as perdas dos pomares é a continuidade do programa de revitalização da citricultura; no tocante ao endividamento e ao crédito agrícola, o governo deverá fazer gestão junto aos agentes financeiros para viabilizar a renegociação daquele e a celeridade deste último; quanto à pesquisa, Emdagro e Embrapa deverão estimular sua realização dentro das principais linhas voltadas para o citros; no tocante à comercialização o Estado deverá ampliar a inserção dos produtos oriundos da citricultura nos mercados institucionais, a exemplo do Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar, de forma a garantir o preço do arranjo produtivo; em relação ao baixo efetivo técnicos na área de Ater, a proposta dos secretários foi a realização de concurso público; quanto à monocultura, foi proposto a diversificação de cultura como forma de garantir emprego e renda aos produtores no momento de baixa produtividade do citros; já quanto a falta de mão-de-obra qualificada e o êxodo rural, propuseram que fosse desenvolvido incentivos e estímulos de jovens agricultores que garantam sua fixação no campo, proporcionando ainda, cursos constante de qualificação.
O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Gismário Nobre, que no ato representou o Governo do Estado, se comprometeu em levar as reivindicações apresentadas pelos secretários ao secretário de Estado da Agricultura, José Macedo Sobral, para que seja amplamente discutido dentro da estrutura governamental.
No final da reunião, foi proposto que essa reunião entre municípios da região citrícola e o Governo do Estado fosse transformado em um Fórum permanente de discussão. Para tanto, ficou definida uma nova reunião para o dia 11 de outubro, desta feita com a presença do secretário de Estado da Agricultura, José Sobral, e do presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho.
Participaram da reunião secretários de agricultura dos municípios de Tomar do Geru, Itabaianinha, Lagarto, Cristinápolis, Itaporanga D´Ajuda, Santa Luzia do Itanhi, Umbaúba, Indiaroba, Boquim, Estância e Salgado, dos membros do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Arauá e do chefe do Escritório Local da Emdagro, em Boquim, Jeotônio Ferreira.
- Estado e municípios fazem diagnóstico sobre situação da citricultura sergipana – Fotos: Ascom/Emdagro