Esporte leva dignidade e autoestima a internos de Areia Branca

Troféus e medalhas encerraram o campeonato de futebol de campo realizado no Presídio de Areia Branca na semana passada. Na sexta-feira, 26, os internos que participaram da competição esportiva foram premiados  e recepcionados com um coquetel, preparado pelas estagiárias de Serviço Social da Universidade Tiradentes, que prestam serviços no Presídio.

Para o diretor da unidade, Clevisson Sebastião Santos, o campeonato é um evento de grande importância para os internos, promovendo um momento de confraternização entre presos, servidores e todos que colaboram para a ressocialização e reinserção dos internos à sociedade.

O vice-diretor do Desipe, Marcelo Vitor, disse que é significativa a atividade esportiva, porque incentiva o desenvolvimento do lado social nos presídios.

Todos os envolvidos no projeto elogiaram o trabalho e a coordenação do projeto de Claúdio Roberto. Ele disse que através do projeto tem buscado promover um evento que amenize a rotina na cadeia. “O que desejamos é que realmente os internos possam encontrar uma nova esperança para suas vidas e o esporte funciona como incentivo para que isso aconteça. É de grande valor inibir a ociosidade e buscar oferecer aos internos uma solução melhor para quando retornarem a suas casas”, observou Cláudio.

Para o secretário de Justiça e de Defesa ao Consumidor, Benedito de Figueiredo, a ressocialização é a meta principal da Sejuc e se manifesta no sistema prisional através do esporte, da educação e da profissionalização. O campeonato contou com a participação de todos os pavilhões e foi marcado pelo clima amistoso, além do bom entrosamento entre os participantes, a direção da unidade, colaboradores e todos que se empenharam em realizar o evento.

O campeonato vem acontecendo desde 2010 e a cada ano consegue reunir um número maior de internos interessados na participação. Para eles, a disputa não se resume na diversão, mas a chance de manter contato com as atividades normais no meio social. “O campeonato faz a gente se sentir melhor, mais valorizado. O futebol é uma das boas coisas que perdemos por estarmos presos. Por esse motivo, agradecemos a todos que nos incentivaram a participar do evento”, disse o interno conhecido como Beto.