[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A noite de ontem, dia 13, foi especial para a Escola Oficina de Artes Valdice Teles, para a professora de violão, Eliana Argolo, e para 13 alunos da Escola Oficina. Foi o lançamento oficial da Camerata de Violão João Argolo, que aconteceu dentro da programação da 3ª Semana de Artes da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Centro de Cultura e Arte (Cultart-UFS).

“Sempre apostamos muito nos nossos alunos, desenvolvendo grupos de teatro, dança, metais e, agora, de violão. Atividades assim deixam os alunos confiantes, pois podem desenvolver ainda mais tudo o que aprendem em sala de aula, além de apontar diretrizes e objetivos para o futuro, depois que este aluno deixa a escola”, explica a diretora da Escola Oficina, Maria Carneiro. “Como a nossa escola é uma escola pública, agrega pessoas de várias camadas da sociedade e as atividades em grupo fazem com que estas pessoas interajam, tornando-as mais sociáveis e desenvolvendo a sensibilidade. E, além de ensinarmos artes, oportunizamos trabalho, pois, muitos artistas que vão se apresentar na cidade, procuram músicos para trabalhar com eles nos shows”, acrescenta Eugênio Enéas, coordenador de Música da Valdice Teles.

Mas, o que é uma camerata? “É a junção de várias pessoas para tocar um instrumento em grupo”, explica a professora de violão e regente da camerata, Eliana Argolo. Ela explica que a camerata funciona como uma orquestra. “O primeiro violão faz o som agudo; o segundo, som médio; o terceiro, nem tão agudo, nem tão grave; o quarto, o som grave; e o quinto faz o acompanhamento, a harmonia”. Ela explicou ainda que, como o violão é muito delicado, ela montou a camerata com 13 violões, “dando um som mais encorpado na apresentação”. Didaticamente, atividades em grupo facilitam o desenvolvimento do aprendizado. “Em grupo, o aluno tem a oportunidade de observar o outro, de perceber, de ler melhor a partitura, de aguçar o ouvido, encontrando outras formas de se desenvolver”, disse Eliana.

Filha de João Argolo – um dos maiores violonistas do país, quem trouxe o violão erudito para Sergipe e nome que batiza a camerata -, Eliana praticamente cresceu com o instrumento. “Meu pai acompanhava todos os grandes músicos que se apresentavam em Sergipe. Eles terminavam o show e iam lá para casa. Ele que trouxe o ensino do violão erudito para o Conservatório de Música de Sergipe e formou a maioria dos músicos e professores sergipanos. Aos 17 anos, disse a meu pai que queria aprender piano e ele foi taxativo ‘você vai escolher é a marca do violão’. (risos) Pedi logo um dos melhores”, disse. Ela fez curso superior de Música em São Paulo, deu aula em Minas Gerais, até retornar para Sergipe, trazendo novas experiências, como o ensino em grupo. E é essa experiência, de vida e de talento, que Eliana passa em sala de aula.

É o que explica a estudante Grace Kelly, 20 anos, que estuda violão há dois anos. “Quando comecei a estudar, eu era a única garota entre uns quinze alunos. Eu ficava um pouco encabulada, mas como eu tinha uma professora não ficou tão difícil”, disse Grace. “Realmente, antes, era muito mais difícil. Eu tinha vergonha de andar na rua com violão. Como, em casa, contava com o apoio de minha família, consegui superar”, contou Eliana. Entre os treze membros da camerata, existem duas garotas.

Garotos e garotas, o interesse é o mesmo: a beleza do instrumento. O caçula do grupo, Artur Luís, 15, descobriu o interesse pelo violão por conta de um colega da escola. “Eu via meu colega se exibindo na sala (risos), tocando Beethoven, dizendo que era difícil e resolvi aprender. Apesar de ser canhoto, comecei a aprender no violão destro de meu irmão, até que comprei o meu”, explicou.

O público presente no Cultart-UFS pode apreciar, em cerca de uma hora, num repertório que incluía Lupicínio Rodrigues, Luiz Gonzaga, Milton Nascimento e muitos outros, toda a beleza do trabalho da Camerata de Violão João Argolo. “Para nós, é um grande orgulho estimular um trabalho como este e poder dar o nome de João Argolo ao grupo”, enfatizou Eugênio.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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