[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Possibilitar ao aluno a elaboração de seu próprio roteiro de estudos, alternando as horas de trabalho e as de preparação educacional pode ser a solução para o problema da distorção idade-série entre adolescentes e adultos, da evasão escolar e da repetência, realidades que desafiam as instituições de ensino municipais em todo país. Além de representar o acesso à escola para aqueles que desejam concluir o ensino fundamental.

Esse é o modelo do Sistema de Ensino Modular, que desde a década de 80 vem sendo desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Araújo Santos, no Siqueira Campos. A coordenação da escola adotou mecanismos articulados para atender desde os adolescentes do ensino regular, àqueles que perderam algumas matérias de anos anteriores e querem recuperar a repetência, ou mesmo os alunos que abandonaram os estudos ainda jovens e hoje adultos, buscam recuperar o tempo perdido.

De acordo com o coordenador geral da escola, José Gladston Ribeiro de Almeida, a unidade de ensino lutou para manter esse sistema em atividade para atender a imensa quantidade de estudantes que trabalham e não têm tempo de freqüentar a escola diariamente. “A nova coordenação da escola aliou o Ensino Fundamental, que também funciona como Supletivo, ao Sistema Modular, pois o Ministério da Educação (MEC) não direciona verba específica para o Sistema Modular e para o Supletivo”, informou.

Esse é o caso da dona de casa Jussara B. Teixeira, 36, moradora do bairro Siqueira Campos, que há 15 anos parou de estudar. Hoje, estudando em tempo quase integral, através de módulos cedidos pela escola, Jussara visualiza a possibilidade de concluir o ensino fundamental em menos de um ano. “Estou me saindo muito bem. Antigamente, o que eu estudo nesses módulos me parecia um assunto tão avançado. Agora, não encontro dificuldade. Todo o tempo livre que tenho eu dedico aos estudos. Não quero que nada me atrapalhe”, contou Jussara.

“Estudando sozinha, como venho fazendo, eu me esforço ainda mais para fixar bem a matéria. E o melhor, não preciso ficar esperando os outros, como era na sala de aula”, disse, lembrando que a forma encontrada pela escola para empregar o sistema é excelente. “Nunca faltam módulos ou professores à disposição para tirar as nossas dúvidas. Isso nos motiva a continuar persistindo”, concluiu.

O Sistema Modular
Com a exigência mínima de comparecimento 3 vezes por semana à unidade de ensino, o Sistema Modular de Ensino foi desenvolvido de forma que o aluno conclua o primeiro grau (5ª a 8ª série) em apenas um ano. Todo o processo depende do esforço empregado pelo próprio aluno. A matrícula também é distinta: é feita duas vezes por semana, durante todo o ano letivo. Depois dela, o aluno seleciona o número de disciplinas que deseja cursar.

A escola mantém um setor especial para tirar as dúvidas que os alunos não conseguem solucionar sozinhos. Nele os alunos recebem orientações individuais de um professor por um período de 25 minutos. Se o aluno, após ouvir as explicações do professor, já se sentir preparado para fazer a prova do módulo que está cursando, ele é encaminhado para o Banco de Avaliação. Cada módulo de disciplina tem uma avaliação própria e cada disciplina tem entre 16 a 17 módulos. Atingindo a média 6, o aluno será aprovado pelo professor e passa a estudar o módulo seguinte.

“Nós sabemos que existem muitas pessoas que ainda não concluíram o segundo grau. Por isso, é importante que as pessoas saibam que existe uma escola municipal pública que disponibiliza um sistema educacional como esse. Essa escola fornece toda uma estrutura, todo um material, professores gabaritados e preparados para atendê-los a qualquer hora. É um sistema rápido, eficiente e voltado justamente para pessoas acima de 15 anos. Esperamos que esse ano, mais pessoas venham nos procurar”, concluiu o coordenador geral.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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