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A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) está reavaliando o quadro clínico das crianças que tiveram diagnóstico positivo de tracoma, afecção inflamatória que pode até causar cegueira. Cerca de 4.800 exames foram realizados no ano passado, nos municípios de Areia Branca, Itaporanga D’Ajuda, Cristinápolis, Riachuelo e Pedra Mole. Dos 245 casos confirmados, 199 já foram reavaliados e 141 não apresentavam mais qualquer sintoma da doença.

A iniciativa é uma parceria entre o Governo de Sergipe e o Ministério da Saúde (MS), através do programa nacional de vigilância epidemiológica e controle do tracoma. De acordo com Vandriana Nóbrega, coordenadora do programa em Sergipe, as crianças que ainda apresentam o quadro clínico da doença serão reavaliadas novamente em seis meses. "Enquanto isso, eles continuarão recebendo tratamento conforme padronização do Ministério da Saúde", disse a coordenadora.

"Um dos objetivos do programa é detectar precocemente o tracoma em crianças, prevenindo a ocorrência de formas mais graves da doença. A busca ativa dos casos, realizada no ano passado, aconteceu não só na sede dos municípios, mas nos povoados também. Queremos conhecer a prevalência do tracoma em Sergipe", comentou, acrescentando que a atividade será realizada posteriormente nos demais municípios sergipanos.

Vandriana afirmou ainda que a ação tende a se estender principalmente para os municípios que, no inquérito nacional realizado em 2003, apresentaram taxas significativas de positividade. Para este ano, inclusive, uma das propostas da Vigilância Epidemiológica estadual é capacitar os técnicos de saúde dos municípios para que as ações de controle façam parte das atividades de rotina.

Cuidados

O tracoma é uma afecção ocular crônica que, em decorrência de infecções repetidas, propiciam a formação de entrópio (distorção da pálpebra) e triquíase (cílios invertidos tocando o olho). As alterações resultantes deste atrito podem levar a alterações da córnea, causando até cegueira. A doença está associada ao baixo nível sócio-econômico da população.

Mais suscetível em crianças, a doença é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. A transmissão é direta e se dá de pessoa para pessoa. A principal forma de transmissão se faz diretamente, mas também ocorre através de objetos contaminados (toalhas, lenços, fronhas etc). Alguns insetos, como a mosca doméstica, podem atuar como vetores mecânicos.

Medidas de higiene têm importância na proteção individual. Estudos revelam menor risco para o desenvolvimento do tracoma em crianças que lavam regularmente o rosto. Ações de educação em saúde devem ser cuidadosamente planejadas, utilizando-se todo o recurso disponível na comunidade.

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