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Numa sessão histórica, o governador Marcelo Déda, representando o povo de Sergipe, homenageou a Câmara dos Deputados e o Senado Federal com a mais alta comenda do estado, a Medalha do Mérito Aperipê, no grau máximo, a Grã-Cruz. A condecoração, inédita, pois distinguida a instituições e não a personalidades, simboliza uma reverência à democracia. A sessão, nesta terça, 5, em Brasília, foi iniciativa do deputado André Moura.

“Essa medalha”, discursou o governador, da tribuna do plenário da Câmara, “simboliza o reconhecimento de Sergipe ao Congresso Nacional, por seu valor e papel imprescindíveis da Casa Maior da democracia brasileira”. Na ocasião, ele lembrou que Aperipê foi um dos três caciques tupinambás que, durante o período de colonização hispano-português, “mais lutou, mais resistiu”.

Emancipação

Na próxima sexta, 8 de julho, Sergipe completará 191 anos de emancipação política. A data tem se transformado num marco da sergipanidade e do orgulho de seus cidadãos, que ocupam o menor território da federação brasileira. “O determinismo geográfico não nos confunde, nem nos oprime”, sentenciou. “Sergipe, desde a sua origem, quis desenhar e construir sua própria história”.

“Nenhum povo pode ser medido pelos quilômetros de seu território, mas pela amplitude da sua alma, pela grandeza do seu talento, pela significação de sua coragem”, orgulhou-se o governador, enquanto era aplaudido. “Sergipe é do exato tamanho do Brasil. Nem menor, nem maior. Sua alma é gigante quanto gigante é a nação brasileira”.

Sergipanos

A exaltação a Sergipe foi feita em meio a citações de sergipanos ilustres. Tobias Barreto, primeiro grande filósofo brasileiro e que inspirou todo o Direito do país, Silvio Romero, que investigou o folclore brasileiro, Fausto Cardoso, que tencionou os costumes conservadores da elite do Brasil, Manoel Bonfim, qualificado como um dos mais criativos pensadores sociais desta Nação, Gilberto Amado, expoente da política externa do país, João de Seixas Dória, lutador do nacionalismo e da política externa independente, Gilvan Rocha, que contestou o arbítrio e clamou pelas liberdades democráticas, Argonauta Pacheco, que resistiu à ditadura.

“Onde se olhar vai se encontrar a participação do povo de Sergipe na edificação desta Nação. Sergipe merece a homenagem que a Câmara dos Deputados lhe presta por tudo que fez e fará pelo Brasil”, concluiu Déda, relembrando que a tribuna do Congresso Nacional é “a mais nobre e a mais bela das tribunas do Brasil”, pois é “o mais sólido alicerce da Nação pela vontade soberana do povo brasileiro”.

Equilíbrio emocional

Com o mesmo sentimento de orgulho, o sergipano Carlos Ayres Britto, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou a “inteligência e o equilíbrio emocional” do sergipano. “Não conheço povo que supere o de Sergipe” nesta qualidade.

O ministro elogiou os políticos do estado por sua “aglutinação de esforços, sua coalizão, quando o interesse de Sergipe está em jogo”. Segundo ele, “nós nos curtimos, nos admiramos. Temos as nossas divergências, mas não nos estraçalhamos, nós respeitamos a individualidade de cada qual numa espécie de personalidade coletiva”.

Avanços

Nos pronunciamentos, os oradores destacaram os avanços sociais e econômicos que o estado experimentou nos últimos. Foi o caso do deputado André Moura. “O Estado de Sergipe, hoje, tem os melhores índices de crescimento e desenvolvimento humano do Nordeste”, elogiou.

Igualmente, o deputado Marco Maia, presidente da Câmara, destacou o progresso sergipano. “Verifico com alegria que, ao longo das últimas décadas, essa terra vem trabalhando duro para se converter num caso de sucesso econômico e social. Sergipe é, hoje, referência em indicadores econômicos e sociais no Nordeste”.

Déda exibiu os números: Sergipe tem o maior PIB per capita e o maior rendimento per capita do Nordeste e, junto com o Rio Grande do Norte, apresentou o maior avanço na redução da miséria absoluta da região.

Estiveram na sessão solene, entre outras autoridades: o senador Wilson Santiago, representando o Senado Federal, os senadores Eduardo Amorim e Antonio Carlos Valadares, o vice-governador de Sergipe, Jakson Barreto, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, a deputada Angélica Guimarães Mendonça, presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, os deputados Marcio Macedo, Almeida Lima, Laércio Oliveira, Valadares Filho, Rogério Carvalho, Heleno Silva, Gilvado Carimbão, Otavio Leite e Protógenes Queiroz.

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