[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Informar e não proibir. É assim que a Secretaria Municipal da Educação (Semed), através da coordenadoria de projetos sócio-educativos, desenvolve o projeto “Uso de Piercing e Tatuagem com Responsabilidade”, que tem por objetivo orientar os estudantes da rede municipal de ensino sobre as questões ligadas ao uso destes adereços. Durante toda a tarde de ontem, alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo Neves, localizada no bairro Ponto Novo, bateram um papo com o sociólogo Florival José de Souza Filho, um dos integrantes da coordenadoria de projetos sócio-educativos da Semed.

A importância dessa iniciativa foi reconhecida não só por entidades ligadas à promoção da saúde e bem-estar de crianças e adolescentes, a exemplo do Ministério Público, conselhos tutelares e Organizações Não Governamentais, mas também pelo Ministério da Saúde, que escolheu o projeto “Uso do piercing e tatuagem com responsabilidade” para ser apresentado no Encontro Nacional de Saúde e Prevenção nas Escolas, que acontece em Minas Gerais, em novembro.

Liberdade com responsabilidade

De acordo com Florival José de Souza Filho, um brinco ou uma tatuagem pode significar a perda de uma vida quando usados sem responsabilidade, pois doenças como AIDS e hepatite podem ser contraídas quando a criança ou o adolescente faz perfurações na própria casa, na residência de amigos ou em estúdios ilegais. Ainda de acordo com o sociólogo, as crianças e adolescentes devem ter a consciência de que, por não terem completado a maioridade, precisam da autorização prévia dos pais ou pessoa responsável por eles para usar esses adornos.

Disse ainda que os que utilizam qualquer tipo de adorno não devem ser discriminados. “Não é considerado normal as mulheres usarem brincos? Pois piercing quer dizer perfuração em inglês, portanto, piercing nada mais é que brinco”, explicou Florival aos alunos e professores da Tancredo Neves. Aproveitou a palestra para relembrar a longa história do uso de piercings e tatuagens, que já eram usados pelos povos antigos, como astecas e incas, há cinco mil anos. “Faziam parte dos rituais e uma tatuagem, por exemplo, podia simbolizar que uma criança já havia se tornado um adulto”, frisou.

Para o aluno Glauber Lutti, 15 anos e que tem três piercings, a palestra foi muito boa. “Ele defendeu o respeito aos que usam coisas diferentes, além de informar os cuidados que a gente deve tomar”, declarou o estudante. Na opinião de Pastora Maria Oliveira Cardoso, professora da Emef. Tancredo Neves, a palestra foi bem esclarecedora. “Nós, enquanto professores, temos que orientar nossos alunos e respeitá-los em suas decisões, afinal de contas, esse brinco que estou usando não é um piercing?”, concluiu a professora.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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