[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Com seu jeito meigo e acolhedor, Dominguinhos recebeu a equipe da Agência Aracaju de Notícias (AAN) minutos antes de iniciar o show que acontece nesse momento no palco principal do Forró Caju. Com 50 anos de carreira, o discípulo de Luiz Gonzaga revela qual é o segredo para manter viva a tradição do autêntico forró pé-de-serra.

Agência Aracaju de Notícias (AAN)– Qual a sua expectativa para este show em plena noite de véspera de São João?

Dominguinhos – A expectativa de qualquer artista é sempre a melhor possível. O palco é sempre cheio de novidades. Todo mundo fica um pouco tenso. Espero que seja uma grande festa. Como sempre em minha vida tenho acertado tudo.

AAN – O show nem começou e a arena já está lotada. Como você avalia sua relação com o público sergipano?

Dominguinhos – Hoje é uma noite especial. É a véspera de São João. Além do mais, tem também o Zé Ramalho, o Alceu Valença e os Mauricinhos do Forró, dividindo a programação comigo. Sempre toquei aqui no Forró Caju com a casa cheia. O público de Sergipe é muito hospitaleiro. Já morei durante um ano em Aracaju, na década de 70. Tive um programa na Rádio Liberdade com a minha parceira Anastácia e rodamos esse interior todo. Só sei que andei muito por aqui e fiz muitas amizades, por isso aprendi a gostar tanto de Sergipe.

AAN – Quais são os artistas sergipanos que já fizeram parceria com você?

Dominguinhos – Luiz Paulo, Josa o ‘Vaqueiro do Sertão’, Maria Feliciana, Gerson Filho, Clemilda. O Gerson e a Clemilda, por exemplo, conheço desde o tempo que era rapazinho e morava no Rio de Janeiro.

AAN – Qual é a grande surpresa para a apresentação desta noite?

Dominguinhos – Acho que a grande surpresa mesmo é entrar no palco e cantar. É São João. É alegria. É a lembrança de Luiz Gonzaga, que foi o maior sanfoneiro de todos os tempos. Estou preparando uma homenagem especial para Sivuca, Marinês e Núbia Lafaiete. Vale a pena sempre recordar a obra desses artistas, pois são pessoas que artisticamente contribuíram para o acervo do forró e para cultura nordestina.

AAN – O que você acha da nova geração que toca forró? Você acha que eles conseguirão manter viva a tradição do pé-de-serra?

Dominguinhos – Sobre as bandas eletrônicas, a gente não pode falar muita coisa a respeito, porque não é forró pé-de-serra. Eles ainda não acharam o nome para o que eles fazem. Só espero que seja sempre de qualidade, para agradar ao público.

AAN – E qual a receita do autêntico forró pé-de-serra?

Dominguinhos – A música nordestina de raiz, composta pela sanfona, zabumba e triângulo, não vai morrer nunca. Há muita diferença entre o pé-de-serra e o eletrônico em todos os sentidos, seja na introdução e nos trabalhos de base. As bandas têm grandes cantores, que fazem uma produção muito arrojada. Eu gravava com Luiz Gonzaga usando dois violões e um cavaquinho, que depois foi substituído pela guitarra. Aos poucos o Ganzaga também foi introduzindo a bateria, junto com a zabumba, o triângulo, o pandeiro e o reco-reco. Só que ele sabia conduzir. Então, tudo isso é o que falta nas bandas. Se eles quiserem fazer o autêntico forró, têm que colocar esses ingredientes. Essa é a receita para fazer o povo cair no arrasta-pé.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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