Diretores de Unidades Socioeducativas acompanham recuperação de adolescente

As diretoras da Unidade Educativa de Internação Provisória (Usipe), Belaniza Araújo, do Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), Antônia Menezes, e o presidente da Fundação Renascer, Gicelmo Albuquerque, visitaram na manhã desta sexta-feira, 19, o adolescente J.A.S, de 17 anos, que está internado no setor pós-operatório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

O jovem se acidentou na manhã da última quinta, 18, ao tentar fugir da Usipe. Para realizar a fuga, o rapaz utilizou uma corda feita com lençóis, conhecida como ‘Tereza’, quando recebeu fortes descargas elétricas transmitidas por um campo que reveste um fio de alta tensão. O choque provocou queimaduras em 95% do corpo do jovem.

Segundo Belaniza, o adolescente está sendo acompanhado por uma assistente social e por um agente de medidas socioeducativas. “Solicitamos à equipe do hospital que um boletim médico fosse enviado diariamente para nos informar sobre a situação do menino. O jovem está consciente”, informou a diretora da Usipe.

A diretora do Cenam, Antônia Menezes, frisou que o adolescente foi eletrocutado em um fio de alta tensão e não em uma cerca eletrificada como alguns veículos da imprensa chegaram a divulgar. “Nenhuma unidade de medida socioeducativa pode ter cerca elétrica como medida de segurança. O cercado dos muros é feito com concertina de arame farpado”, esclarece Antônia.

Rotina normal

Os adolescentes em conflito com a lei internados no Cenam continuam participando das atividades promovidas dentro da instituição. Os recentes acontecimentos não atrapalharam a rotina dos jovens. Os meninos continuam assistindo as aulas pedagógicas e participando dos jogos na quadra de esportes da Unidade.

“Não existe confinamento, os adolescentes continuam integrados nas atividades promovidas na instituição. Apenas quando ocorre um início de rebelião, os jovens são removidos para suas alas. Essa medida tem o objetivo de assegurar a integridade física dos adolescentes que não estão envolvidos no movimento”, relata a diretora do Cenam.