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Estiagem prolongada. Esse é o principal indicador de prejuízo ao abastecimento de água potável para população. Apesar de a previsão de chuva ficar 40% abaixo da média histórica para os próximos três meses, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) tem trabalhado para garantir que não falte água nas torneiras dos sergipanos. Na Grande Aracaju, graças à operação da adutora do São Francisco, existem poucas chances de racionamento. Mas os riscos aumentam com o consumo excessivo de água e com a constante redução do nível dos rios.

Entre os meses de dezembro a abril, a empresa de saneamento aumenta em 20% a produção do volume de água para a região metropolitana. São 3,9 mil litros de água por segundo aduzidos de quatro mananciais – Poxim, Ibura, Pitanga e São Francisco. Este último, no verão, tem a capacidade total estimada para atender 85% do abastecimento em Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros. A Deso dispõe de uma produção de água acima da demanda necessária e, desde 2009, tem evitado adotar o rodízio.

“A produção de água é superior à demanda, mas não o suficiente para atender aos excessos do consumo”, alerta o diretor de Operações, Sílvio Múcio, ao destacar que o uso desmedido de água, em um cenário crítico de falta de chuva, pode comprometer a oferta do recurso natural. Contudo, só existe possibilidade de haver um racionamento se o nível de rios, como Poxim e Pitanga, sofresse uma drástica redução.

Hoje, a estiagem prolongada começa a mostrar efeitos negativos ao volume de água captado. O segundo manancial mais importante em disponibilidade hídrica para Grande Aracaju, o Poxim, já sofreu queda de 25% da capacidade normal. O aproveitamento da vazão do rio está em 600 l/s. Os riscos se tornam aparentes se este índice chegar a 300l/s. No verão passado, a vazão mínima atingida foi de 400 l/s.

Segundo o diretor-presidente da Deso, Antônio Sérgio Ferrari Vargas, a escassez de chuva representa um significativo prejuízo para o abastecimento, mas o consumo elevado de água não deixa de ser uma ameaça ainda maior. “A população precisa se sensibilizar cada vez mais sobre a importância do uso racional da água. Se soubermos usar, com consciência, a quantidade necessária de água, ela não faltará”, alerta.

Consumo elevado

A Organização das Nações Unidas estima que cada pessoa precisa de cerca de 100 litros de água por dia para atender as necessidades de consumo e higiene. No Brasil, essa média chega a 150 litros. Esse seria o volume mais que necessário para atender a demanda de cada indivíduo. Na Grande Aracaju, há índices alarmantes e em localidades como Santa Maria, Parque dos Faróis e Complexo Taiçoca, as comunidades consomem o triplo do que é preciso. A média de consumo por pessoa é de 400 litros por dia.

Mesmo com o trabalho educativo de equipes de Gestão Ambiental da empresa, muitos moradores só sensibilizam para o problema quando a água deixa de chegar às torneiras. A situação fica crítica com os casos de desvio e furto de água. O resultado do uso indiscriminado e não autorizado do serviço de abastecimento é a perda de pressão da água na rede ou mesmo a falta do bem natural em áreas distantes e partes altas das comunidades.

Para não comprometer a produção e a distribuição do recurso essencial à vida humana, a Companhia recomenda que a população intensifique o uso racional da água. “Cada um pode colaborar, seja deixando de lavar a calçada, reduzindo o tempo no banho, além de outras mudanças nos hábitos de consumo, como molhar as plantas com regador”, sugere Sílvio Múcio.

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