Desfile de Moda Alternativa promovido pela SMS foi um sucesso
“Fiz questão de participar do desfile por entender que saúde significa também inclusão social e o trabalho desenvolvido pela rede de atenção psicossocial propicia isso”, destaca Lêda Lúcia.
Para o oficineiro do Caps Liberdade, Antônio Aragão, o evento proporcionou a realização dos principais objetivos do Caps, que é ampliar as possibilidades de inclusão social dos usuários e a aceitação deles pela sociedade aracajuana. “No desfile juntamos modelos profissionais, usuários, familiares, transformistas, artistas, profissionais da Saúde e o pessoal da universidade freqüentadores do Sexta d´Arte”, analisa Antônio Aragão.
Antônio Aragão afirma que o desfile já faz parte da vida dos usuários e dos profissionais do Caps Liberdade. “Nem bem terminamos de realizar essa edição e os usuários já querem saber como será o desfile no próximo ano. A atividade marcou a vida deles. Eles se orgulham em desfilar ao lado de profissionais. Também se sentem produtivos confeccionando bijuterias e reciclando roupas para o evento”, conta Antônio Aragão.
Para coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial do município, Ana Raquel Santiago, o evento supriu todas as expectativas da organização. “O que mais me impressionou nesta edição foi a forma como as pessoas se envolveram e participaram do evento. Várias pessoas participaram como voluntárias, nós tivemos mais parceiros, distribuímos brindes. Foi ótimo para os usuários, principalmente porque trabalhamos com a idéia de inserção social”, avalia a coordenadora.
Ana Raquel destaca ainda o apoio que o Caps vem recebendo. “Nesse desfile contamos com vários parceiros e desses agradecemos à direção do Cultart/UFS, Funcaju, Associação de Defesa Homossexual (ADHONS) e empresas como a gráfica ADGRAF, Ajalux, Quiver, L´acqua di Fiori, Instituto Embeleze e Litoral 655”, conta.
Modelos profissionais desfilaram na passarela com peças e bijuterias produzidas pelos usuários do Caps Liberdade. Da programação, o desfile contou ainda com os shows do Grupo Adhons; de Kharolyne Prínscipal; Tonty/Grupo de Percussão da Escola de Arte Valdeci Teles; de Henrique Schnneider e do cantor sergipano Muskito (MPB e cantoria). Participaram ainda os modelos Ítalo Martins, Daniel Rosa, Val Oliveira, Welber Bastos Karol e Jane Curbane.
Histórico
O Caps Liberdade foi inaugurado em 2002, no antigo manicômio Adauto Botelho. Já com a proposta de melhorar a atenção aos pacientes, o serviço foi instalado na emergência psiquiátrica do manicômio. “Nós fomos um dos poucos a levar adiante essa idéia. Na época, a única referência de experiência bem-sucedida de implantação do Caps no Brasil era na cidade de Betim (MG)”, conta a coordenadora da Rede de Saúde Mental, Ana Raquel Santiago.
Em julho de 2002, o serviço de saúde mental em Aracaju foi municipalizado e a Prefeitura de Aracaju passou a administrar o prédio. Percebendo que não havia a possibilidade de funcionamento do Caps naquela instituição, hoje o Caps Liberdade funciona na rua Distrito Federal, bairro Siqueira Campos. “Com a mudança, conseguimos dar melhores condições de trabalho a toda equipe composta por psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, auxiliar de enfermagem e oficineiros”, diz a coordenadora.
A reforma foi feita com base numa planta adequada para Caps, facilitando a distribuição dos serviços e o fluxo de usuários na unidade. O novo prédio conta com uma sala para acolhimento, dois consultórios para atendimento individual, duas salas de repouso com leitos para acolhimento noturno – sendo uma para os homens e outra para as mulheres -, posto de enfermagem, refeitório, duas salas de oficina e uma sala para grupos terapêuticos, além de uma área livre que vai servir como local para a prática de esportes.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]