Déda participa da XL Assembleia Geral da Maçonaria do Brasil

A manhã deste domingo, 3, foi especial para o governador de Sergipe, Marcelo Déda. Ele teve a oportunidade de falar durante uma hora, para maçons de vários estados brasileiros, durante seu discurso, que discorreu sobre o crescimento sergipano nos últimos quatro anos.

O evento. que acontece pela primeira vez em Aracaju, faz parte da XL Assembleia Geral da Maçonaria do Brasil e aconteceu no auditório do Hotel Mercure, localizado em um dos principais pontos turísticos da capital sergipana, a Orla de Atalaia.

De acordo com o grão-mestre da Grande Loja Maçônica de Sergipe, José Valter, o objetivo da Assembleia é discutir temas internos da instituição maçônica e temas externos de interesse da nossa sociedade em geral. “Estão todos os grãos-mestres das grandes lojas do Brasil e de alguns países da América do Sul, além do supremo conselho da Confederação da Maçonaria Interamericana”, informou.
  
A abertura do evento foi realizada pelo coordenador geral, Antônio Fontes Freitas, que contou aos presentes a trajetória pessoal e política do governador Marcelo Déda. “Ele é uma das forças políticas e renovadoras de Sergipe. É também um dos maiores oradores do país. Com a palestra dele, vocês poderão comprovar o que eu estou dizendo”, assegurou.

Déda iniciou a palestra falando sobre o papel da economia sergipana na atual conjuntura econômica do Estado. “O papel de Sergipe nesse novo Brasil é um tema que desejo debater com esse auditório, que eu considero privilegiado, com pessoas de todo o país”, avisou Déda.

Ele ressaltou ainda que a ocasião era de grande honra, pois estaria  dialogando com uma das mais antigas organizações humanas, um dos mais tradicionais movimentos, que ao longo dos séculos se construiu no planeta. “A organização atravessou com êxito momentos conturbados da história ocidental, dentre os quais se destaca a Revolução Francesa, bebeu do Iluminismo, trazendo para a América os valores da liberdade, da tolerância, do racionalismo e da democracia. Chegou ao Brasil para ser uma das pedras de toque da construção da nação, implantando um trabalho extraordinário”, relembrou.

Déda destacou em seu discurso a figura de José Bonifácio de Andrade Silva, primeiro grão-mestre, e também do imperador Dom Pedro I, que encontrou na maçonaria não apenas apoio político, mas sobretudo o conteúdo ideológico e doutrinário. “Na maçonaria ele encontrou a substância política para que assumisse o papel que a história lhe reservava”, observou. 

O governador fez questão de anunciar que na sua família havia um maçom. “Tenho a alegria, orgulho e a honra de carregar no meu nome quatro letras, que alguns podem até pensar que é um apelido, Déda. Sou neto de José de Carvalho Déda, que era maçom integrante da loja Cotinguiba e com ele aprendi a respeitar o papel de todos aqueles que sob o manto da fraternidade se organizam para contribuir com a sociedade, colaborar com a afirmação dos valores humanistas e com a defesa da humanidade cada vez mais livre e mais iluminada e que no cotidiano e no passado são responsáveis por grande contribuição à pátria brasileira”, confidenciou.

Palestra

Durante a palestra, o governador Marcelo Déda usou o recurso de slides, para facilitar a exposição. “Pretendo propiciar aos que nos visitam algumas informações relevantes a respeito do Estado de Sergipe e do momento em que vivem o Brasil e o Nordeste. Acredito que seja de grande interesse para que nordestinos ou não, conheçam um pouco mais da vida política, econômica e social do Brasil”.

Para o governador, nunca o Brasil viveu um ciclo tão bom para sua economia e a vida social como nos últimos 10 anos. De acordo com ele, o Brasil completou uma década de êxitos que tem colocado sobre os ombros de cada governante, a imensa responsabilidade de compreender o momento que o país está vivendo, porém, não deve existir conformação com as vitórias já conquistadas, mas para que seja assumido o desafio de seguir em frente. Na ocasião, ele apresentou dados do desenvolvimento rural, explanou sobre os indicadores de bens de consumo, a renda per capita, entre outras coisas.

Para seu segundo governo, a meta é ‘Incluir e Desenvolver’, com quatro eixos estratégicos: desenvolvimento social e cidadania; gestão pública de excelência; infraestrutura produtiva; e desenvolvimento econômico. Além de oito macros desafios: saúde universal e de qualidade; gestão pública com inovação de qualidade; segurança pública com enfrentamento qualificado da violência e da criminalidade; ampliar a integração logística, e ajudar aos prefeitos na transformação da infraestrutura urbana; ampliar e qualificar a educação; potencializar a economia sergipana; ampliar a infraestrutura social para promover a inclusão e combater a miséria e promover o desenvolvimento de proteção aos recursos naturais. Ao final da palestra, o governador foi aplaudido de pé.

Evento

Promovida pela Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil juntamente com a Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe, com o apoio da Empresa Sergipana de Turismo, a Assembleia é considerada o maior evento da maçonaria brasileira. Em Sergipe, o encontro reúne 1.500 participantes de todo o Brasil e visitantes de alguns países da América do Sul.

O evento acontece até a próxima quinta-feira, 7, e sua programação mescla temas oficiais da Maçonaria e da cultura sergipana. De acordo com o grão-mestre José Valter Rodrigues do Santos, além dos encontros oficiais, os participantes terão a oportunidade de conhecer pontos turísticos aracajuanos, como o Palácio-Museu Olímpio Campos, os mercados centrais e haverá ainda a Noite da Sergipanidade, com a apresentação de grupos culturais da cidade de Canindé do São Francisco e de artistas sergipanos.

Sergipe

A Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe foi fundada em 15 de novembro de 1983, seu primeiro grão-mestre e fundador da Grande Loja foi o professor aposentado da Universidade Federal de Sergipe e ex-secretário de Estado da Educação e da Indústria e Comércio, e da Ciência e Tecnologia, além de ex-diretor da Codise e Cohab, Antônio Fontes Freitas. Em março de 1984, a Grande Loja foi recebida pela Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil.

Hoje a Grande Loja possui 13 Lojas funcionando regularmente: Sete de Setembro, Serigy, Tiradentes, Segredo dos 33, Fraternidade Sergipense, Estrela do Oriente, Justiça e Liberdade e Atalaia (todas em Aracaju), Luzes da Serra e Unidos da Serra (em Itabaiana), Luzes da Piedade (Lagarto), Luzes do São Francisco (Neópolis), Luz e Paz Canindeense (Canindé do São Francisco).

História

Presente no Brasil desde antes da Independência, quando atuou com destaque, a primeira confederação maçônica no Brasil, a Grande Oriente do Brasil, surgiu em 17 de junho de 1822.

De uma dissidência da Grande Oriente, surgiram em, em 1927, as primeiras Grandes Lojas do Brasil, tendo na figura de Mário Behring o propulsor da ideia da criação do sistema de grandes lojas que congregassem regionalmente as diversas lojas simbólicas. Com o tempo, as Grandes Lojas ressentiram-se da necessidade de um consenso teórico.

Em 1952, no Rio de Janeiro, iniciou-se o ciclo das Mesas Redondas, encontros anuais com temas previamente organizados e com normas de funcionamento bem definidas. No período de 1952 a 1966, foram realizadas 14 Mesas Redondas. Durante a XIII Mesa Redonda, também realizada no Rio, foi fundada a Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), em 12 de novembro de 1965, instalando-se efetivamente em julho de 1966, em São Paulo.

A CMSB reúne-se em diferentes Estados da Federação, durante a Assembleia Geral Ordinária Anual, quando são debatidos diferentes temas, quer de interesse interno, quer de interesse da sociedade, objetivando a unidade das Grandes Lojas e o bem estar da pátria e da humanidade.

Presenças

Assistiram a palestra do governador Marcelo Déda, o vice-governador Jackson Barreto, os secretários de Turismo, Elber Batalha Filho, de Planejamento, Orçamento e Gestão, José de Oliveira Júnior e o assessor  econômico do Governo do Estado, Ricardo Lacerda, além do reitor da Universidade Tiradentes, Joubert Uchôa de Mendonça.