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Descentralizar a cultura e fomentar a produção cultural em todo o país. Com esse objetivo, o Ministério da Cultura (MinC) lançou em outubro do ano passado o programa ‘Mais Cultura’. Nesta terça-feira, 1º de julho, o ministro interino, Juca Ferreira, esteve em Sergipe para, ao lado do governador Marcelo Déda, integrar oficialmente o Estado ao programa e assinar um convênio para a construção de mais 30 pontos de cultura nos territórios sergipanos. O evento aconteceu no auditório do Palácio dos Despachos e reuniu vários artistas locais.

O programa foi montado a partir de um diagnóstico feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto ao Ministério da Cultura. Os dados mostravam como o acesso dos brasileiros à cultura era limitado. Entre os índices estavam: 87% dos brasileiros nunca entraram em uma sala de cinema; 93% nunca freqüentaram em museus, 93,4% jamais foram a uma exposição de arte; 68% nunca assistiram a um espetáculo de dança; e a média de leitura do brasileiro é de 1,8 livro por ano.

O ministro interino destacou a intensidade com que o MinC trabalhou para montar esse programa. "Esse é o programa mais importante do Ministério. Desde o primeiro dia do Governo Lula, quando o ministro Gilberto Gil assumiu, nós perseguimos fazer da cultura uma dimensão importante das políticas públicas", afirmou. Segundo Juca Ferreira, um dos outros desafios que foi abarcado pelo programa foi o descentralização das verbas.

"Quando chegamos ao Ministério, mais de 90% dos recursos ia para o eixo Rio-São Paulo e, basicamente, para artistas já consagrados. Para nós gestores culturais, é fundamental fazer o deslocamento, trabalhar em escala, interferir nesses números e criar uma situação nova para os brasileiros. Queremos com o ‘Mais Cultura’ construir um desenvolvimento cultural. Até 2010, serão investidos quase R$ 5 bilhões, um recurso que a cultura nunca teve.  Vamos interferir nesses números dantescos de exclusão dos brasileiros", explicou.

O governador Marcelo Déda destacou a importância do projeto tanto para o país como para o Brasil. "Esse programa dá ênfase, sobretudo, à perspectiva de ampliar o acesso aos bens culturais e de incentivar a partir das próprias tradições das comunidades a promoção e a construção da cultura pelos próprios cidadãos", enfatizou.

A coordenadora-executiva do programa, Silvana Meireles, também apresentou as perspectivas do ‘Mais Cultura’. "Para além da importância do programa para o MinC, o ‘Mais Cultura’ está inserido como um dos principais eixos do programa social do Governo Lula. Inclusão e acesso resumem esse trabalho. Trabalha reconhecendo o acesso cultural como um direito, a nossa diversidade como nosso maior patrimônio e o papel central da economia da cultura. Por isso esse programa foi montado em três dimensões: acesso, econômica e na qualidade de vida", explicou a coordenadora.

Convênio

O convênio firmado entre o MinC e Governo do Estado  possibilitará a construção de mais 30 pontos de cultura, além dos nove já existentes. O investimento será de R$ 5,4 milhões, sendo R$ 3,6 milhões vindos do Ministério e R$ 1,8 do Governo do Estado. O convênio também vai construir bibliotecas em 11 municípios que ainda não possuem esse espaço.

"A perspectiva é que ao longo dos próximos possamos, através desses pontos de cultura, ter a possibilidade de reverter esse quadro dramático do acesso do brasileiro à cultura. Pela primeira vez a cultura se integrava a uma agenda social como o desenvolvimento que leva a inclusão", frisou Marcelo Déda.

O governador também destacou o papel do Ministro da Cultura, Gilberto Gil, na recondução da política cultural do país. "Um papel que nós ainda não tivemos capacidade de dimensionar. Muitas vezes a figura pública do ministro como produtor de cultura da música popular brasileira, nos fez enxergar apenas essa parte. No entanto, Gil não entrou no Ministério como figura decorativa. Entrou porque tinha uma proposta consistente de política de cultura, que foi descentralizar recursos para a produção cultural por todo o país".

O percussionista da banda sergipana Naurêa, Patrick Tor4, elogiou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Ministério da Cultura desde o início da gestão do ministro Gilberto Gil. "Todas as ações integradas do MinC ajudam a descentralizar a produção cultural, a produção sai do Rio-São Paulo. Além disso os pontos de cultura aproximam de verdade a população da cultura. Os dados mostram que não importa a classe social, do bairro 13 de Julho ao Santa Maria, a sociedade ainda consome muito pouca cultura", disse Patrick.

Presenças

Participaram da solenidade o vice-governador, Belivaldo Chagas, os secretários de Estado da Cultura, Luiz Alberto, da Casa Civil, Oliveira Júnior, da Comunicação Social, Eloísa Galdino, da Justiça e Cidadania, Benedito Figueiredo, da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Lucia Menezes, do Esporte e Lazer, Leó Filho, e da Coordenação da Política, Jorge Araújo.

Também estiveram presentes a presidente da Fundação Aperipê, Indiral Amaral, o presidente do Banese, João Andrade, o presidente do Sergipe Previdência, Amito Brito, o presidente da Câmara de Vereadores de Aracaju, Sérgio Goes, e o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Josué Modesto dos Passos Subrinho.

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