Déda conhece projeto que pretende ampliar a produção de potássio em Sergipe
Na tarde desta segunda-feira, 10, o governador Marcelo Déda participou de uma reunião com executivos da Talon Metals, uma empresa de capital canadense e sul-africano que está pesquisando sobre a ocorrência de potássio em Sergipe e que veio trazer informações sobre o projeto. Na reunião, os executivos da empresa expuseram os resultados de uma pesquisa que concluiu que há, numa área que circunda a grande Aracaju, envolvendo também os municípios de São Cristóvão e Laranjeiras, a ocorrência do mineral, que é um dos elementos fundamentais para a produção de fertilizantes, dentre outros produtos químicos.
Segundo os dados apresentados ao governador, há a possibilidade de se encontrar o potássio também na plataforma continental, ao longo da costa sergipana. “Eles desenvolvem uma tecnologia para exploração de potássio por dissolução que pretendem implementar em Sergipe, embora haja ainda uma série de providências a serem tomadas do ponto de vista legal e técnico que terão que ser observadas antes da possibilidade de início da operação”, destacou o governador.
Ainda de acordo com o governador, a partir dos dados apresentados pelos estudos da empresa, há a possibilidade de triplicação da produção de potássio em Sergipe. “Com esses estudos sendo confirmados, e a exploração sendo realizada, significa que Sergipe definitivamente se consolida como uma das mais importantes províncias minerais do Brasil, visto que já é o único estado produtor de potássio. Se as descobertas forem consolidadas, nós garantiremos ao longo dos próximos 50 anos a produção de potássio, que é um mineral estratégico para a agricultura e o desenvolvimento do país, além de ser a possibilidade de mais um grande empreendimento a partir um investimento significativo no território sergipano”, destacou o governador.
Participação
Conforme o diretor geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Miguel Antônio Nery, que também participou da reunião, cabe ao órgão discutir os caminhos que poderão ser adotados para a garantia dos investimentos de novas minas para aproveitamento do mineral em Sergipe. “Há evidências da ocorrência de potássio em outras regiões além da que sedia a atual exploração, só que em nível muito profundo. A partir dessa evidência, o DNPM tomará todas as providências cabíveis preconizadas na legislação para assegurar a possibilidade de investimentos que possam viabilizar o aumento da oferta de potássio em Sergipe”, afirmou o diretor, ao reconhecer a importância da viabilização da exploração para a economia sergipana.
“A reunião foi produtiva e os caminhos foram sinalizados para a evolução do projeto e, brevemente, num prazo de três a cinco anos, poderemos ter a abertura de novas minas de potássio no estado de Sergipe. Para isso, o DNPM trabalha com total empenho, até porque o potássio hoje é um mineral estratégico para o país, onde grande parte do que é consumido é importado. A partir disso, o Governo Federal entende que todos os esforços devem ser envidados para que elevemos a oferta desse mineral, e o DNPM está alinhado com o Governo de Sergipe na busca de soluções que viabilizem os novos investimentos em mineração, particularmente na produção de potássio”, acrescentou Miguel Nery.
Investimentos
Segundo o presidente da empresa Talon Metals, Luiz Azevedo, os estudos para implantação de uma nova mina são divididos em várias fases. “A fase que estamos realizando agora seria a de confirmação da jazida, que está orçada em torno de três a cinco milhões de dólares nos próximos 12 meses. A partir deste momento, constatada a viabilidade econômica, partiremos para uma fase de detalhamento das ocorrências do mineral, que deve custar entre 10 e 15 milhões de dólares, em mais 12 meses. Só então chegaríamos na chamada fase de viabilidade onde contrataríamos uma consultoria internacional, já que não temos a tecnologia para este processo, detalhando o tipo de planta e de projeto a ser implementado. O custo total para construção de um complexo de exploração está orçado entre 1,5 e 2 bilhões de dólares”, detalhou o presidente.
Luiz Azevedo complementou informando que para viabilizar um investimento deste porte, a empresa buscará financiamentos e parcerias com empresas nacionais ou estrangeiras para consolidar o projeto. “O nosso conceito parte da premissa de se trabalhar a partir da produção do triplo do que é produzido hoje pela mina de Taquari-Vassoras, perfazendo uma produção de 1,8 milhões de toneladas ano de silvinita ou carnalita, ou de ambas as apresentações do mineral. Nós já temos o registro de uma empresa de consultoria internacional que aponta números da ordem de 450 milhões de toneladas de potencial de silvinita, e 1,1 bilhões de toneladas de carnalita nas áreas avaliadas atualmente”, destacou o presidente.
Presenças
Também participaram do encontro, o presidente global da Talon Metals, Stuart Comline; o vice-presidente, Paulo Brito; o gerente do DNPM em Sergipe, Luiz Alberto Oliveira; o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Turismo, Jorge Santana; o seu secretário adjunto, Carlos Augusto Franco; e o diretor da Companhia de Desenvolvimento Industrial e Recursos Minerais de Sergipe (Codise), Ancelmo Oliveira.
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