Curso vai sistematizar experiências de Ater
Encerrou na manhã desta sexta-feira, 16, no Hotel Alto da Praia, o curso de Metodologia Participativa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), Comunicação e Sistematização de Experiências. Promovido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), no período de 12 a 16, o evento tem como objetivo compartilhar com os extensionistas os instrumentos de apoio metodológico e de comunicação para subsidiar o desenvolvimento das ações de Ater junto aos agricultores familiares e de reforma agrária.
Os conteúdos abordados deram enfoque nas formas de comunicação dentro de uma visão interdisciplinar; na missão brasileira e nas orientações de Ater; na trajetória da extensão rural no Brasil; e na abordagem das técnicas e ferramentas do diagnóstico participativo. Para o desenvolvimento dos temas, os 18 participantes do curso, divididos em grupos, realizaram trabalho utilizando ferramentas como o diagrama de Venn, caminhadas transversais e uma abordagem sobre a sistematização de experiências destacando roteiro, seleção e referencial teórico que servem como instrumentos balizadores para sistematizar as experiências do serviço de Ater.
Na opinião da articuladora de Metodologias Participativas da Emdagro, Abeaci dos Santos, o curso vai possibilitar um maior acesso às informações das políticas de Governo aos agricultores familiares. “É mais uma oportunidade para a gente está disseminando os mecanismos metodológicos e de comunicação na perspectiva de consolidar o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), que preconiza, entre outras coisas, a participação dos agricultores familiares e de reforma agrária nas discussões dos processos de desenvolvimento local e territorial”, ressaltou.
Segundo a assessora de comunicação rural da empresa, Marielze Figueredo, “a cada momento estamos trabalhando e procurando qualificar o papel da comunicação rural, através da interação com os processos metodológicos de ater, na perspectiva de oportunizar e potencializar a participação dos agricultores familiares na construção desse processo”.
Para a coordenadora de Sistematização de Experiências de Ater da Emater do Rio Grande do Sul, Córdula Eckera, a ferramenta de sistematização vai ajudar no registro e divulgação de experiências rurais. “Essa é uma sistematização diferente, sendo que fortalecida como uma ferramenta de ater entre as empresas de assistência técnica e extensão rural de todos os Estado, inclusive com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para reforçar todo um processo de recuperação de experiências que são conduzidas junto aos agricultores, especialmente experiências agroecológicas”, explicou.
“Ela (a sistematização) propõe uma reflexão crítica sobre experiências vividas, cujo objetivo é fazer um processo de reflexão junto aos atores envolvidos para que, após sua reflexão, possa ser feito um planejamento das ações. Além disso, as sistematizações, depois de elaboradas, servirão de instrumento de divulgação de trabalhos realizados pelas empresas”, completou Córdula.
Depoimentos
Na avaliação da pesquisadora da Emdagro, Neuza Staheschmidt, o curso possibilita a integração entre os setores da Empresa. “Minha opinião, como pesquisadora, esse é um momento muito bom por proporcionar uma maior integração entre o setor de pesquisa e de extensão rural”, diz, acrescentando que essa metodologia vai facilitar a integração dos trabalho da pesquisa e da ater como forma de melhor atender os agricultores familiares.
Opinião semelhante é da médica veterinária do detor de Defesa Animal da Emdagro, Rita Selene, “É um curso bem interessante, por ser um aprendizado contínuo com pessoas que estão na extensão rural e na pesquisa há muito tempo”.
Para a engenheira agrônoma e extensionista do Escritório Local da Emdagro em Laranjeiras, “o curso teve uma metodologia que está fazendo a diferença na Emdagro, porque estão trazendo aos extensionistas uma nova visão de como interagir com o produtor rural, nos capacitando de forma lúdica e inteligente, proporcionando abrir novos horizontes para o trabalho junto ao homem do campo e fazendo a gente perceber que ele é sujeito do processo evolutivo da comunidade a qual está inserida”, destacou.
- Curso vai sistematizar experiências de Ater – Fotos: Ascom/Emdagro