Curso de Gestores discute Reforma Sanitária e Gerencial do SUS em Sergipe
O segundo encontro presencial dos alunos do II Curso Nacional de Qualificação de Gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu na tarde da última segunda-feira, 08, no auditório da Escola Técnica do SUS (ETSUS). O evento reuniu cerca de 200 pessoas e o tema principal do encontro foi a Reforma Sanitária e Gerencial do SUS em Sergipe.
Para falar sobre o processo de implantação da Reforma Sanitária no Estado foram convidados o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, que falou sobre o Contrato de Ação Pública (CAP); e as gestoras da área da saúde, Jaqueline Dourado, que abordou o tema Rede Interfederativa de Saúde (RIS); e Margarete Hora, que destacou os Colegiados Interfederativos (CIR/CIE).
A escolha do tema do encontro, segundo o coordenador estadual do curso, Carlos Adriano Almeida, foi feita a partir de uma discussão com as tutoras. “Discutimos sobre o que seria mais estratégico reforçar com os alunos, pois o curso traz uma abordagem nacional e entendemos que as especificidades locais, que agora se articulam nacionalmente, devem ser discutidas com o grupo”.
Na ocasião, o secretário Antônio Carlos Guimarães destacou a importância do tema debatido. “ Essa é a discussão que está posta para o Brasil. Os instrumentos da Reforma Sanitária e Gerencial do SUS feita em Sergipe, bem como todo o arcabouço legal que a compõe, passam a ser discutidos em nível nacional”, apontou.
O secretário se referiu ao decreto presidencial de número 7508, regulamentado no último dia 28 de junho pela presidenta Dilma Roussef, que está relacionado à implantação do Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP). Esse decreto tem como base a experiência de Sergipe na organização do SUS, bem como, a definição das responsabilidades e metas de cada ente federado na assistência à saúde do cidadão, a construção de um mapa sanitário e um padrão de integralidade.
A diretora geral da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), Cláudia Menezes, entende que o debate sobre o modelo de saúde tem que permear todos os profissionais na rede. “Essa discussão é bem importante porque não é só o gestor que está em algum cargo que tem de compreender o SUS, porque o SUS tem desdobramentos em todos os níveis. Então, se os profissionais que estão na ponta compreendem um determinado modelo de saúde, que fala de integralidade, de universalidade, de direitos, de acolhimento, de acesso, de igualdade, isso vai se desdobrar em práticas de saúde, porque é preceito, arranjo, estrutura e prática”, afirmou.
O curso
O curso, que é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), é destinado a gestores das redes de saúde da SES, dos municípios considerados prioritários, da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), da Funesa, da Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH) e do município de Aracaju.
O Curso Nacional de Qualificação de Gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) reúne mais de 200 gestores das mais diversas esferas de gestão do Estado. São, ao todo, oito tutoras que fazem a mediação pedagógica das atividades desenvolvidas à distância. “Embora os alunos não estejam numa sala de aula presencial, eles possuem uma sala de aula virtual, onde eles têm algumas atividades a cumprir, por meio de participação em fóruns, em chats, sempre com a mediação das tutoras”, explicou a coordenadora pedagógica do curso, Lavínia Aragão.
Para a tutora do curso, Flávia Priscila Tenório, o momento presencial facilita a discussão de temas específicos. “Esse foi um momento ímpar, porque essa discussão sobre Reforma Sanitária tem muitos detalhes que precisam ser esclarecidos por meio de debates como esse, articulando as ações em âmbito nacional com as experiências locais. Espero que esse momento contribua para o acúmulo de conhecimento e efetivação de mudanças de práticas dos alunos nos seus territórios”, destacou.
Já a enfermeira Patrícia Ribeiro Rocha, que coordena uma Equipe de Saúde da Família (ESF), do município de Japaratuba, disse que o curso proporciona a qualificação dos serviços prestados. “É um curso que abre horizontes para nós, profissionais de saúde. Ele está subsidiando cada tarefa que a gente faz nos municípios, no sentido de otimizar o nosso trabalho. Está enriquecendo a qualidade do serviço prestado e a contribuição que cada um de nós estamos dando para a construção do SUS”, reforçou.
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- Antônio Carlos Guimarães / Fotos: Ascom/Funesa