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Uma programação especial, onde todos os elementos da Cultura Hip Hop estiveram presentes, marcou a confraternização dos adolescentes do Programa de Egressos (Progressos) da Fundação Renascer. Realizada na última sexta-feira 20, na sede da entidade, além de divertir os integrantes, também interferiu visualmente na aparência do órgão, dando cor e expressividade a um dos muros internos.

Com a participação direta de alguns jovens, interagindo nas atividades desenvolvidas, a celebração contou com a atuação do representante sergipano da Nação Hip Hop Brasil, Hot Black, que foi o MC (mestre de cerimônias) do evento; dos grupos Arteiras Crew e HCC, responsáveis pelos grafittes (arte de desenhar com spray), além do DJ (Disc Jóquei) Edinho e dos B boys (dançarinos de break dance) Thiago Sitineta, Igor Vinícius e Igor Menezes do grupo Reality Street Dance.

A adolescente de 17 anos, egressa da Unidade Socioeducativa Feminina (Unifem), não se acanhou ao ser convidada a “fazer um som” com as próprias mãos. “Achei interessante porque não conhecia nada disso de perto e deu pra ter uma ideia, mais ou menos, de como é. O melhor foi que, tem dois botões de play e pausa que dá um efeito bonito no final da música. O que eu mais gostei é que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Hip Hop também fala do lado bom da vida”, disse a adolescente.

Além dela, outros adolescentes também experimentaram tocar, dançar e cantar para os colegas presentes, além de assinarem conjuntamente a grafitagem já finalizada no muro. “Foi tudo muito bom, já aprendi alguns passos nas aulas com Thiago (Sitineta) e também gosto das músicas, que eu sempre escuto”, contou um dos participantes, de 16 anos.

A coordenadora do Progressos, Sheila Lara, disse que pensou em oferecer algo com que eles se identificassem. “Nas unidades, alguns deles já tiveram contato com essa cultura do Hip Hop, do break, então imaginei fazer uma confraternização com algo que eles gostassem mesmo e amei o resultado, porque senti que eles gostaram e se sentiram parte”, contou.

Cultura das ruas

Segundo Hot Black, o Hip Hop é da periferia, assim como a grande maioria desses adolescentes, mas é uma cultura sem drogas, sem crime e sem violência. “A cultura hip hop está na rua, onde você também pode encontrar muita coisa saudável para fazer”, falou aos adolescentes. Para ele, passar a essência positiva do hip hop é uma atividade que, enquanto movimento social, ele já desenvolve nas periferias.

“Quando a gente é convidado por um aparato do Estado a gente fica feliz por ver o Estado olhando do mesmo modo que nós, ver que está tendo sensibilidade para oferecer lazer e dar a eles a noção de que são importantes para a instituição. Junto com a sociedade é preciso dar oportunidade, mas o querer tem que partir deles, pois não dá para se colocar sempre como vítima, é preciso ser protagonista”, ressaltou Black.

Para o B boy Thiago Sitineta, além de demonstrar o trabalho do grupo RSD, que é do bairro Lamarão, a vinda à Fundação permite mostrar aos egressos o lado verdadeiro das ruas. “Existem dois lados e queremos, com o Hip Hop, fazer com que eles tenham a mesma visão que nós e escolham o melhor lado”, completou o B boy.
 

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