Crianças da pediatria do HUSE comemoram a Semana da Brincadeira
A pediatria do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) está em clima de festa. Crianças, acompanhantes e profissionais de saúde participam de diversas atividades lúdicas em comemoração à Semana da Brincadeira. Nesta quarta-feira, 23, a platéia se divertiu bastante ao assistir ao teatro de fantoche ‘Chapeuzinho Vermelho’. O espetáculo, produzido por estudantes de enfermagem da Universidade Tiradentes (Unit) que fazem estágio curricular na unidade, mexeu com o imaginário dos pequenos e arrancou muitas gargalhadas.
O trabalho artístico foi uma iniciativa da técnica de enfermagem do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica (CTI), Ana Acácia Aquino, que também é aluna concludente do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe. "Minha idéia era trazer mais alegria para a meninada que sofre com a internação, longe dos familiares. Conquistar um sorriso espontâneo e ver a alegria no rostinho de cada criança enferma nada mais é que a garantia de um direito constitucional", explica.
Parceria
Além de abrir espaço para o aprendizado acadêmico, a Ala Pediátrica também serve de palco para a divulgação da diversidade cultural do estado. Prova disso foi a apresentação do grupo de capoeira da cidade de Campo do Brito, formado por meninos de seis a 16 anos de idade, assistidos pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
A secretária de Cultura de Campo do Brito, Maria Aginaide de Souza, acompanhou a vinda do grupo até Aracaju para conhecer de perto a assistência prestada aos pacientes pediátricos da unidade. "Estamos vivendo uma experiência inédita. Sabemos que as manifestações culturais têm o poder de transformar o semblante de qualquer ser humano, mas somente através do contato direto temos certeza que a arte é a melhor forma de aliviar a dor", ressalta.
Esta já é a oitava atração cedida por prefeituras do interior do estado que se comprometeram em colaborar com o trabalho de humanização desenvolvido pelo HUSE. De acordo com a assistente social Maria Gorete Cruz, a aceitação dos municípios mostra a credibilidade que o hospital tem não só com os usuários, mas toda a sociedade.
"Assim que recebem o convite, alguns representantes até chegam a ficar receosos com a receptividade do hospital. Depois que chegam, ficam impressionados, saem agradecidos e com a promessa de voltar mais vezes," conta Gorete.
Satisfação
Envolvido pelo som do berimbau e com os olhinhos atentos à roda de capoeira, o pequeno Ênio não perdeu um só minuto da apresentação. O menino, que está internado no HUSE há cinco dias, mudou a fisionomia e até esboçou vários risos no colo da mãe, a dona de casa Daniela dos Santos.
Para ela, observar a felicidade do filho que está prestes a passar por uma cirurgia no pescoço foi o maior presente que poderia receber da unidade. "Com essa música e agitação, até esquecemos que estamos dentro de um hospital. A vida já é cheia de problemas, por isso, não há nada melhor que esquecer a tristeza", revela.
ECA
De acordo com os especialistas, o simples gesto de sorrir no ambiente hospitalar tem função terapêutica. Uma vez que a dor e o sofrimento saem de evidência, o paciente infantil tem maiores possibilidades de superar seqüelas e se recuperar dos traumas. O direito de liberdade, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), consiste nos atos brincar e se divertir, quaisquer que sejam as condições vividas pelo menor de idade.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Crianças da pediatria do HUSE comemoram a Semana da Brincadeira – Foto: Lízia Martins