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Rever os familiares e membros de Conselhos Tutelares (CT) já conhecidos e recepcionar os novatos. Com esse intuito, a direção da unidade de acolhimento Izabel Abreu, ligada a Fundação Renascer, realizou o primeiro “Encontro Abrigo-Família” do ano. Esse foi também o primeiro na nova casa, inaugurada em dezembro passado. A reunião ocorreu na manhã da última sexta-feira, 09.

Realizados bimestralmente, os encontros existem desde 2010 servindo para reafirmar os compromissos das partes envolvidas, entre elas as adolescentes que também participam das reuniões. As reuniões também servem para apresentar a rotina da unidade e manter os familiares presentes no abrigo, preservando o vínculo como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Para atingir estes objetivos, o abrigo também possui dois dias para as visitas dos parentes e também permite a visita da acolhida a casa dos pais e/ou responsáveis.

A assistente social da unidade, Carla Vanessa Góes, juntamente com outras profissionais e estagiárias, comandou a apresentação que falou sobre medida protetiva, a dinâmica e o regimento interno da unidade.

“Com alguns conselhos já trabalhamos há algum tempo, mas outros estamos começando como é o caso de Itabaiana, então queremos passar essas informações que são necessárias para o trabalho conjunto entre abrigo, família e CT em busca da ressocialização”, explicou a assistente social.

Discussão

Por já saberem a importância dos encontros e apesar das dificuldades enfrentadas, houve grande comparecimento. A sala de atividades ficou cheia e as participações multiplicaram-se, com todos querendo contribuir com a discussão.

Para o conselheiro Manoel Hermelindo, do CT 2º distrito de Itabaiana, é preciso mais união nas famílias para diminuir o número de adolescentes abrigadas. “Algumas mães deixam a responsabilidade apenas para o Governo”, apontou.

Mas para a tia de uma acolhida da unidade, as coisas são um pouco diferentes. “Muitas vezes a adolescente vai para o abrigo por uma situação que sozinha a família não foi capaz de resolver, então quando elas voltam para casa se não tiver um apoio, com profissionais que acompanhem, a mãe sozinha não vai conseguir manter a disciplina que ela tinha no abrigo”, relatou.

O conselheiro de Capela, Jackson dos Santos, acredita que os CT devem oficiar os órgãos como Cras, Creas e secretarias de inclusão para que acompanhem os familiares no retorno dessas adolescentes ao lar.

“Há a preocupação de sensibilizar as adolescentes, o papel do CT é fiscalizar, acompanhar e também buscar parceiras como o Peti, Pro Jovem para incluir essas adolescentes em alguma atividade”, comentou.

Nova unidade

Ao conhecer a unidade e a equipe de atendimento, o conselheiro Manoel Hermelindo ficou impressionado. “A estrutura é maravilhosa. A gente ouve falar uma coisa, mas quando vê, ouve as técnicas, percebe que é completamente diferente. A equipe está mostrando que realmente é engajada na causa, estando de parabéns”, disse.

A tia da adolescente, que já conhecia bem o trabalho da unidade, mesmo na antiga sede, também comentou o assunto. “Quando conheci vi um ambiente bem familiar, pessoas com caras agradáveis e vejo a unidade como uma ‘casa de recuperação’, onde a adolescente vai meditar sobre tudo o que fez para estar ali, onde vai ter que cumprir regras, e ter respeito. A nova unidade está mais organizada e arejada”.

O conselheiro Jackson dos Santos também já conhece bem o trabalho da unidade. “A gente percebe a organização e compromisso quando vê todo mundo falando a mesma língua, só tenho a parabenizar. Temos pessoas de alto gabarito a frente da unidade e quem passa por aqui é bem acolhido”, relatou.

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