Comitiva que visitou central nuclear apoia implantação de usina em SE

Uma impressão absolutamente positiva. Esta afirmação pode resumir bem a reação por parte dos integrantes da comitiva sergipana que acompanhou o governador Marcelo déda, composta por parlamentares, empresários, jornalistas, representantes do meio ambiente e da área acadêmica, além de integrantes do governo estadual ao visitar a Central Nuclear de Angra dos Reis (RJ) na última sexta-feira, dia 5. As opiniões, cercadas por muitos elogios e de melhorias para a população num futuro próximo, reforçam os benefícios ao meio ambiente e o fomento do desenvolvimento com este tipo de geração de energia.

O reitor da Universidade Federal de Sergipe, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, viu em Angra dos Reis “um ambiente seguro, com rejeitos devidamente armazenados e um bom exemplo de controle ambiental”. Angra fica numa área de Mata Atlântica bem preservada há 25 anos, quando a usina entrou em funcionamento.

Segundo Josué Modesto, a UFS formalizou parceria com o Governo do Estado para atuar na ação educativa junto à sociedade sobre a instalação da usina nuclear e o seu produto final, a energia. “Hoje as usinas nucleares funcionam bem, são seguras e contribuem para o desenvolvimento dos países. É assim na Ásia, na Europa e nos estados”, comentou o reitor.

Para o deputado estadual Arnaldo Bispo, a construção de uma usina nuclear será um investimento visando o futuro. “É importante esta iniciativa. Cada integrante da comitiva soube avaliar como funciona. Eu fiquei com uma impressão muito positiva porque é um olhar para o futuro, daqui a 20, 30 anos, o aparato que temos hoje vai ficar ultrapassado e as usinas nucleares farão a diferença”, assegurou o deputado.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Jorge Santana, disse que a visita à Central Nuclear de Angra dos Reis serviu para mostrar que as usinas nucleares são soluções seguras e tecnologicamente sofisticadas como fonte complementar para a matriz energética brasileira. “Pudemos testemunhar, ouvindo depoimentos de lideranças políticas dos municípios do entorno da central, os muitos benefícios trazidos para aquelas comunidades, desde empregos muito bem remunerados até investimentos em ações de responsabilidade sócio-ambiental realizados pela Eletronuclear. Sem dúvidas, estamos diante de uma oportunidade histórica e temos todas as condições para isso”.

Já o deputado estadual Garibalde Mendonça conta que a visita à usina serviu para desmistificar a palavra nuclear. “Esta visita foi de grande importância. O governador conseguiu reunir vários formadores de opinião da sociedade sergipana para desmistificar a energia nuclear. A maioria da população liga este assunto à bomba nuclear e o que vimos lá foi um processo completamente diferente. É uma tecnologia muito avançada e faz bem ao meio ambiente. Mas é preciso convocar a sociedade por completo e cientistas para que o debate seja realizado. Eu estou favorável”, afirmou.

Segundo a deputada Estadual Conceição Vieira, a posição do governo em abrir o debate para vários segmentos da sociedade foi recebida com prestígio. “O Governo do Estado mostrou-se compromissado com a sociedade sergipana para explicar esta questão. É um novo paradigma de energia que está sendo apresentado. É uma energia muito limpa, mas ainda temos algumas dúvidas quanto ao armazenamento do lixo, questões que serão evidenciadas em outras explicações. A posição do governo é importante, pois o volume de investimentos é muito alto”, relatou.

Desenvolvimento para o estado

A construção da central em Sergipe representaria um acréscimo significativo para o desenvolvimento local. Primeiro, reforçaria a vocação do estado como produtor e exportador de energia. Depois levaria a maior diversificação das matrizes energéticas, gerando mais segurança para novos investidores. Por fim, a construção da central representaria, pelas próximas duas décadas, um grande investimento em infraestrutura, já que o governo federal planeja erguer até seis usinas nucleares na central nordestina.

Na visita à Central Nuclear de Angra dos Reis (RJ), o governador Marcelo Déda e comitiva puderam constatar os benefícios deste tipo de geração de energia. “Aprendemos muito. Além disso, derrubamos vários mitos que todos nós criamos ao longo do tempo”, resumiu o governador. Sergipe é candidata a sediar a central nuclear que o governo federal pretende construir no Nordeste.

Ainda neste semestre, a Eletronuclear deverá apontar cinco locais indicados para a construção da central, de acordo com mais de 2.000 critérios técnicos. Em seguida, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolher o local e enviar mensagem ao Congresso Nacional, que votará a proposta.

Comitiva

Fizeram parte da comitiva, os secretários de Estado, Oliveira Júnior (Casa Civil), Jorge Santana (Desenvolvimento Econômico), Genival Nunes (Meio Ambiente) e Carlos Cauê (Comunicação); Luiz Eduardo Costa, ouvidor geral do Estado; Ancelmo de Oliveira, presidente da Codise; Ulices Andrade, deputado estadual/presidente da Assembleia Legislativa; Albano Franco, deputado federal; Rogério Carvalho, deputado estadual; Arnaldo Bispo, deputado estadual; Garibalde Mendonça, deputado estadual; Conceição Vieira, deputada estadual; Orlando Porto, prefeito de Canindé do São Francisco; Ricardo Roriz, prefeito de Santana do São Francisco/ presidente da Associação do Baixo São Francisco; Ivan Leite, prefeito de Estância.

Também estiveram presentes à visita em Angra, Jouberto Uchoa de Mendonça Junior, pró-reitor administrativo da Unit; Josué Modesto dos Passos Subrinho, reitor da UFS; Carlos Augusto Lima, chefe do Gabinete Militar; Nailson Santos, comandante do Corpo de Bombeiros; Eduardo Mantonvani, presidente da Energisa/SE; Luiz Eduardo Magalhães, presidente da Acese; Antonio Fernando Pereira de Carvalho, coordenador do Fórum Empresarial; Antonio Bomfim, diretor do Cinform; Max Augusto, jornalista do Jornal da Cidade; Gilvan Manoel, jornalista do Jornal do Dia; Grace Melo, jornalista do Correio de Sergipe; Katia Suzana, jornalista da Infonet; Adrine Couto, jornalista do Cinform.