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O Comitê Intersetorial da Dengue – formado por representantes de vários órgãos estaduais – reuniu-se na última sexta-feira, 1º, no auditório da secretaria de Estado da Saúde (SES), com o objetivo de discutir ações de prevenção e combate à doença em Sergipe. O comitê, criado por meio de decreto do Governo de Sergipe, é coordenado pela secretaria de Estado da Saúde (SES), sob a articulação da Casa Civil.

Durante o encontro, técnicos da Vigilância Epidemiologia da SES apresentaram também os últimos números da doença no Estado e distribuíram cerca de 300 banners e 8 mil panfletos com orientações sobre prevenção e combate ao mosquito Aedes Aegypti, o transmissor. O material faz parte das ações inseridas no eixo mobilização e comunicação do Plano Estadual de Contingência da Dengue.

A partir deste mês, o comitê vai intensificar ainda mais as ações de combate à dengue no Estado, de forma transversal e integral entre a SES e as demais secretarias que têm representação do organismo, cumprindo assim determinação do governador Marcelo Déda. “O comitê funciona tanto como uma Sala de Situação da Dengue presencial, onde se discute os dados atuais da doença, ações realizadas ou que estão sendo programadas por cada um dos órgãos que o integram”, explica o médico Marco Aurélio Góes, do setor de doenças transmissíveis da Vigilância Epidemiológica da SES. Marco informou que nesse período de maior risco epidêmico da doença – abril e maio – as reuniões do comitê serão quinzenais.

Seed e Semarh

Dois dos órgãos que integram o Comitê Intersetorial são as secretarias de Estado da Educação (Seed) e do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que desempenham papel importante na multiplicação de informações e na mobilização em todos os 75 municípios sergipanos. “Treinamos professores e mobilizamos os alunos para ações de combate e prevenção à dengue, articulados com as dez Diretorias Regionais, responsáveis por 393 escolas da rede em todo o Estado, trabalhando em parceria com as secretarias de Educação dos municípios”, ressalta a representante do Comitê Intersetorial, Maria Aparecida de Oliveira.

Ela informou que já próximo dia 6 reunirá os representantes das 99 escolas que integram a Diretoria Estadual de Aracaju (DEA) para traçar um plano de atuação junto esses estabelecimentos de ensino. “Nesse encontro vamos passar mais orientações e material informativo e educativo sobre a prevenção à doença”, disse Maria Aparecida, acrescentando que o trabalho também envolve o monitoramento dos níveis de infestação predial nos estabelecimentos de ensino da rede na capital e no interior.

Já a Semarh também realizará reunião para a formação de uma equipe que ficará encarregada de articular e negociar ações junto às prefeituras do interior. “Vamos conversar sobre algumas ações específicas, como a disponibilização de galpões que garantam a destinação final de pneus velhos que possam estar servindo de criadouros para o mosquito”, revelou a bióloga Mélannie Alves Nascimento, representante da Semarh. Ela acrescentou que essa mesma equipe coordenará o trabalho de monitoramento das quatro unidades de conservação no interior sob a responsabilidade do órgão, para combater possíveis focos do Aedes aegipty.

Incidência

De acordo com o boletim epidemiológico referente ao período de janeiro a 31 de março, divulgado durante a segunda reunião do Comitê Intersetorial, este ano já foram registradas no Estado 956 notificações de dengue, com casos 92 confirmados. Destes, a maioria – ou seja, 82 casos – foram de dengue clássica, quatro de febre hemorrágica e seis de dengue com complicações.

Segundo o gerente do Núcleo de Endemias, Sidney Sá, que também participou da reunião juntamente com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SES, Giselda Melo, atualmente pelos menos seis municípios sergipanos (Macambira, Pedra Mole, Porto da Folha, Simão Dias, Carira e Poço Verde) estão no momento com alto risco de surto epidêmico, ou seja, apresentam índice de infestação predial de 4% em relação a cada grupo de 100 imóveis inspecionados.

“Para esses e os demais municípios reforçamos a orientação para que nesse momento deixem as tarefas de rotina e intensifiquem as ações, com um foco maior para a notificação dos casos, porque onde há caso existe também o vetor ali fazendo a transmissão”, lembrou Sidney.

De acordo com técnica da SES, outros 32 municípios têm médio risco e 27 com baixo risco de epidemia. No entanto, ela lembrou que dez municípios estão sem informar regularmente seus dados, o que impede a SES de avaliar a real situação de cada um. “Para esses, que estão sem alimentar o sistema, é essencial que chequem com os profissionais de campo e que compila os dados, em que situação se encontram, pois sem isso a SES fica impossibilitada de monitorá-los e ajudá-los nesse momento de risco maior de epidemia”, alertou Giselda.

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