Comissão da PMA se reúne com ocupantes de terreno do DIA
Ficou decidido que a Prefeitura vai realizar um levantamento detalhado sobre a área, para que as famílias tenham dados concretos sobre quem de fato é o dono do terreno e como está a questão do pagamento dos impostos municipais. “Cinco construtoras já apareceram dizendo que o local pertence a elas. Só que nada nunca foi feito ali”, disse um dos representantes dos ocupantes, Marco Antônio Soares. Segundo ele, há quase dois meses, 587 famílias cadastradas estão morando no local.
As informações, que serão levantadas pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), serão apresentadas no próximo dia 20, em mais uma reunião entre o grupo e a comissão da Prefeitura. “De imediato, é isso que podemos fazer. Infelizmente não é possível resolver da noite para o dia o problema do déficit habitacional, que é um mal de várias cidades brasileiras”, destacou Bosco Rolemberg.
O secretário destacou ainda que a Prefeitura está trabalhando para garantir moradia para todos. “Em seis anos, foram entregues mais de 6.000 unidades habitacionais do Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Para as famílias de baixa renda, estamos viabilizando novos projetos. Os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vêm justamente para isso. No Santa Maria e no Coqueiral serão construídas mais de 2.000 mil casas”, contou.
O secretário de Participação Popular, Rômulo Rodrigues, também ressaltou a preocupação social e a vontade que a Prefeitura tem de resolver a situação dos ocupantes. “Entendemos a urgência, mas não existe solução imediata. Temos um pacto de parceria e vamos fazer o que for possível”, garantiu Rômulo. Tanto ele quanto Bosco fizeram questão de deixar claro que a Prefeitura quer harmonizar os interesses entre as partes, mas não pode interferir em algumas questões, como na liminar que determina a desocupação do terreno.
O advogado das famílias, Rodrigo Machado, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Sergipe, confirmou que a administração municipal não poderia intervir no processo judicial, conforme solicitado pelas famílias, mas que os dados que serão fornecidos pela Sefin serão de grande valia. Para ele, as reuniões com a comissão da Prefeitura representam um grande avanço e podem contribuir positivamente na resolução da questão.
“A gente realmente precisa de ajuda. Queremos agradecer por termos sido atendidos e dizer que sabemos que o prefeito é competente. Saio daqui de certa forma satisfeito e, mesmo sabendo que a situação não vai se resolver rapidamente, quero que as famílias tenham logo uma posição e possam ter seu cantinho pra morar”, disse Marco Antônio Soares.
Além dos secretários municipais e de representantes das famílias ocupantes, participaram também da reunião os vereadores Fábio Henrique e Valdir Santos, o integrante do Movimento de Moradia Popular, René Tavares e jornalistas.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]