Cohidro identifica doenças que atingem plantação de inhame em Malhador
A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Seagri), identificou, através de seus técnicos, doenças que estão atingindo uma plantação de inhame no Perímetro Irrigado Jacarecica II, no município de Malhador.
Com o objetivo de beneficiar os produtores irrigantes, na obtenção de melhores resultados em suas colheitas, a Cohidro tem procurado, através das experiências de seus técnicos, desenvolver um trabalho de orientação aos agricultores com intuito de aumentar seus índices de produtividade. A ação teve início em um plantio de inhame no Assentamento Dandara no PIJAC II, no lote do produtor José Humberto dos Santos (Bizuca), onde a utilização de agrotóxicos é mínima.
No local foi identificada incidência das duas principais doenças desta cultura, a queima-das-folhas ou pinta-preta e a casca preta. De acordo com o engenheiro agrônomo da Cohidro, Remi Bastos Silva, apesar de o inhame encontrar solos com características ideais para o seu cultivo, a média de produtividade obtida pelos produtores irrigantes, em função das doenças, está aquém de atingir a média de produtividade que é de 12 toneladas por hectare (ha), em uma área atualmente plantada de aproximadamente 15 ha, no projeto como um todo.
“Os índices de produtividade neste perímetro estão abaixo da média e uma das razões é o hábito do pequeno agricultor em manter-se fiel aos cultivos tradicionais o que prejudica o controle das doenças. Por isso, os produtores devem ficar atentos às características dessas doenças. A queima-das-folhas ou pinta-preta, por exemplo, é causada pelo fungo Curvularia eragrostidis, doença de alta incidência e severidade bastante comum em todas as áreas de produção inhame no Nordeste do Brasil, sobretudo em plantios irrigados. A casca preta é causada pela associação de três espécies de fitonematóides: Scutellonema bradys, Pratylenchus coffeae e P. brachyurus,sendo a primeira espécie referida como a principal responsável pelos danos causados ao inhame”, esclarece Remi Bastos.
O engenheiro explica ainda, que para controlar essas doenças, foram recomendadas aos agricultores do Perímetro Jacarecica II em Malhador medidas de controle, compreendendo a rotação de cultura, principalmente, com milho e o sorgo. Para combater a queima-das-folhas ou pinta-preta, é recomendada também rotação de cultura e o emprego de fungicidas mancozeb alternados com tebuconazol, recomendados através do receituário agrônomico ou através do uso de extratos de plantas medicinais como alho, gengibre e aquelas ricas em taninos a exemplo da acácia negra. Para a doença mais importante do inhame, a Casca Preta, o agrônomo recomendou o uso de túberas sementes sadias, plantio do inhame em novas áreas livre de nematóides (vermes que atacam órgãos vegetais, especialmente raízes ou túberos), rotação de culturas, principalmente com milho e o plantio de espécies leguminosas antagônicas, tais como a crotalária, o feijão-de-porco e a mucuna-preta. “No entanto, deve-se ter cuidado com as sementes e partes aéreas dessas leguminosas, devido às mesmas conterem glicosídeos tóxicos às aves e ao gado em geral”, alerta o agrônomo Remi Bastos
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Cohidro identifica doenças que atingem plantação de inhame em Malhador – Fotos: Ascom/Cohidro