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“Deu uma gasturinha, mas apesar de enxergar turvo agora eu já sei que amanhã minha visão estará normal”, declarou a aposentada Maria Francisca de Jesus após a realização da cirurgia de catarata que faz parte de um programa de cirurgias eletivas resultante da parceria entre Ministério da Saúde (MS) e Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

A última sexta-feira, 27, foi o dia da segunda etapa de realização de procedimentos de correção da catarata que já beneficiou 600 pessoas em todo o estado. Desta vez a previsão é que fossem operados 211 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de Sergipe na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas de Boquim, gerenciada pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), em parceria com o Instituto Oftalmológico de Sergipe (Iose).

A senhora Maria Francisca de Jesus, 84 anos, foi corrigir o olho esquerdo e ficar livre da catarata de uma vez por todas, já que há três meses corrigiu a doença no lado direito. Acompanhada do filho Ednaldo de Jesus, a aposentada chegou logo cedo para fazer a pré-triagem, procedimento pré-operatório para que os pacientes não corram maiores riscos durante a cirurgia.

O enfermeiro especialista em oftalmologia, Vinícius Paraíso, explicou que os pacientes passam por três etapas antes de chegarem ao centro cirúrgico. “Depois de feito o cadastro, eles terão a pressão arterial e glicemia aferidas, e aí vão fazer os exames que calculam o tamanho da lente que será usada na cirurgia. Geralmente, 30 por cento dos pacientes são reprovados na triagem por estarem com a pressão ou a glicemia altas”, disse Vinícius Paraíso.

Dona Maria Francisca de Jesus não foi reprovada em nenhuma das etapas pré-operatórias e foi encaminhada para a sala de espera do Centro Cirúrgico da UPA 24 horas de Boquim. Na sala de espera, onde não parava de chegar pacientes, geralmente idosos, a senhora Francisca declarou: “Ô meu filho, esta cirurgia é uma bênção, agora falta pouco para acabar essa catarata”, disse a aposentada.

Passados 30 minutos após sua chegada no Centro Cirúrgico, a aposentada, que era a quinta na fila de espera, precisou da ajuda da enfermeira para descer da mesa de cirurgia. “Eu estou enxergando um pouquinho turvo devido à anestesia, mas o doutor falou que está tudo bem”, disse. Depois disso, ela saiu andando pelos corredores da unidade hospitalar em direção a saída na companhia do filho.

A catarata

De acordo com um dos dois médicos oftalmologistas que realizaram os procedimentos, Hugo Nunes, a catarata é uma opacificação do cristalino. “O cristalino é a lente natural dos olhos e depois dos 48 anos de idade ela vai absorvendo os raios amarelos do sol e fica embaçada. Isso pode acontecer também em pessoas jovens devido a lesões ou uso de medicamentos”, explicou Nunes.

Ele ainda disse que o pós-operatório é simples e depois de alguns dias a pessoas já estão aptas, inclusive, para realização de nova cirurgia nos olhos, se necessário. “A pessoa sai da sala de cirurgia de olhos abertos e recebe um colírio à base de antibiótico e corticóide. Depois de sete dias o paciente volta para fazer a revisão e deve evitar comidas como mariscos e carne de porco e não pode fazer esforço físico”, recomendou o médico.

O paciente de Nossa Senhora da Glória, Cícero Cardoso de Melo, 77 anos, foi até a UPA 24 horas de Boquim para fazer a revisão da cirurgia e contou o resultado do procedimento. “Fazia tempo que eu só enxergava embaçado e tinha medo dos médicos. Agora que perdi o medo, recuperei minha visão”, comemorou o aposentado.   

Cirurgias eletivas

Esta foi mais uma etapa de realização de procedimento que englobam pacientes dos 75 municípios sergipanos. Cada Secretaria Municipal de Saúde cadastra seus pacientes em um sistema unificado e mandam os exames para a SES, que marca a hora, o local e o dia do procedimento. Os locais de realização das cirurgias são: Boquim, Propriá, Itabaiana e Aracaju.

“Depois de cadastrados os pacientes e recebidos os exames na SES a gente autoriza a realização do procedimento. A partir daí não há mais riscos de não se realizar a cirurgia, que só não é feita se o paciente apresentar quadros de hipertensão ou glicemia alterada na pré-triagem da cirurgia”, explicou Jorge Henrique, técnico da SES responsável pelo sistema de regulação de cirurgias eletivas.

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