Circuito Itinerante Revelando os Brasis participa da Rua da Cultura
Durante a mostra, foi lançado o documentário sergipano “Zé Leobino – 65 Anos de Cavalhada”, que tem roteiro e direção do vaqueiro José Ventura Lins, conhecido na cidade de Canindé de São Francisco como Zé Leobino. No documentário, o vaqueiro relata sua participação nas cavalhadas em Canindé.
Segundo a coordenadora do Circuito, Beatriz Lindemberg, o objetivo do projeto é promover a inclusão e a formação audiovisuais nas pequenas cidades, viabilizando a produção de vídeos digitais pelos próprios moradores. “Zé Leobino participa da cavalhada desde garoto e para divulgar essa tradição fez sua inscrição no projeto”, disse.
Além deste vídeo, foram exibidos mais três produções: A Ficção “Nelson”, de Thalles Gomes Camêllo da Costa (da cidade de Capela), e os documentários “Cadê Calabar?”, de Joaquim Alves (Japaratinga), e “Borboletas”, de Vicentina Dalva Lyra de Castro (Piaçabuçu).
Oficinas e cursos
Todos os documentários desta mostra foram produzidos na primeira edição do Revelando os Brasis, projeto da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e do Instituto Marlin Azul (ES), que viabiliza a produção de vídeos em municípios com até 20 mil habitantes. “Os autores participam de oficinas, cursos preparatórios de roteiro, direção, produção e operação de câmera, e depois retornam às suas cidades para transformar suas histórias em vídeos”, explicou a coordenadora.
Sobre as formas de circulação desses vídeos, Beatriz comentou que a meta é levá-los às pessoas que não têm acesso à produção audiovisual ou salas de cinema. “Uma das formas de viabilizar o acesso é agregar as mostras aos projetos e pontos de cultura dos municípios brasileiros. Em Aracaju, a proposta da Rua da Cultura é favorável às metas do Projeto”, disse.
O idealizador e coordenador da Rua da Cultura, Lindemberg Monteiro, ressaltou a importância da inserção do Projeto Revelando os Brasis na programação da Rua. “Esse intercâmbio entre pontos de cultura é fundamental para tornar pública a nossa produção local e, principalmente, conhecer as personalidades como Zé Obino, invisíveis no país”, acrescentou.
Para a exibição da mostra de vídeo, foi montada uma sala de cinema ao ar livre, com telão e cadeiras para todo o público, em frente à Passarela das Flores, no Mercado Municipal. Aos poucos, o clima do ambiente e o tema dos documentários começaram a atrair a atenção até dos mais inibidos. O vendedor de amendoim, Bruno da Silva, contou que toda segunda-feira vem de Areia Branca para a Rua da Cultura, para vender sua produção e também para aproveitar a programação do evento. “Ao ver esse filme do Zé Leobino é como se eu estivesse vendo a minha gente. Eu reconheço o pessoal da roça onde vivo”, disse emocionado.
O estudante de jornalismo Murilo Andrade, também freqüentador assíduo da Rua da Cultura, elogiou a iniciativa da mostra de vídeos. “É importante ter sempre uma programação diversificada aqui na Rua, para que mais pessoas conheçam não só a música sergipana, mas também outras produções culturais como é o caso do documentário”, comentou.
Pausa para o Forró Caju
Além da participação do Projeto Itinerante Revelando os Brasis, a programação da Rua da Cultura de ontem incluiu também o tradicional jogo de xadrez e a apresentação do grupo de capoeira Abadá. “É uma vantagem participar hoje deste evento, para divulgar o trabalho desenvolvido pelo grupo e para ampliar o contato com o público”, disse um dos integrantes do grupo, Elton da Conceição.
Para encerrar a última noite de Rua da Cultura antes do Forró Caju, a banda Naurêa trouxe seu repertório regional para o palco, antecipando as novidades para os festejos juninos. “Hoje a Rua apresentou uma sinergia bacana ao combinar cinema e música sergipana, ambos com temáticas regionais”, elogiou Alex Sant’anna, músico da banda.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]