CEOs contam com profissionais dedicados e atendimento de qualidade

O consultório não é mais o único lugar em que os cirurgiões-dentistas, homenageados neste 25 de outubro (Dia do Cirurgião-Dentista) estão relegados. E nem a boca é o único objeto de interesse desses profissionais. Eles estão por toda a parte e atuam nas mais diversas frentes. Principalmente, se for em um dos quatro Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) implantados pelo Governo de Sergipe por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e administrados pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa).

A gerente do CEO de São Cristóvão, Marina Sobral Passos Costa, conta que na unidade todos os dias tem palestra na sala de espera. “Cada profissional é responsável por abordar um tema de interesse da comunidade”, revela. “Quando tem vacinação, nós orientamos os usuários sobre a importância do assunto; quando tem campanha contra a dengue, falamos sobre os principais cuidados para evitar a doença”, exemplifica.

Mas o cuidado com a higiene bucal tem cadeira cativa nos temas abordados. E a atuação dos profissionais, que atendem também portadores de necessidades especiais, ultrapassa as quatro paredes das unidades. Os pacientes são vistos de forma integral, o que é um princípio do SUS.

“O tratamento do especial não termina no CEO. Quando há necessidade, nós o encaminhamos para outras redes dentro do sistema de saúde ou unidades assistenciais, como o Centro de Referência de Assistência Social ou Especializada (Crass) e o Creas, por exemplo”, assegura a coordenadora dos CEOs administrados pela Funesa, Rosiane Cerqueira.

Para Ana Cristina Santos Oliveira, que leva o filho de oito anos e portador de necessidade especial ao CEO de São Cristóvão, o local é o único serviço odontológico em que ela conseguiu atendimento efetivo. “Ele é muito agitado e nenhum dentista conseguia tratá-lo, mas aqui eles conseguem atendê-lo bem. Não tem coisa melhor que o CEO para tratar o meu menino”, conta.

Para o periodontista Eduardo Campos Silva, que trabalha no CEO desde o início do ano passado, até a implantação do programa Brasil Sorridente – programa do Ministério da Saúde -, a população só tinha acesso à um atendimento especializado na rede particular. “Temos pesquisas apontando que, após a criação do programa, o nível de dentes extraídos vem caindo”, ressalta.

De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial, Wellington Madureira Santos, o usuário do CEO encontra comodidade por não esperar para ser atendido e ainda encontra várias especialidades no mesmo local. “É um serviço que me surpreendeu pela estrutura, qualidade e excelência no atendimento que não deixa nada a desejar para a rede particular”, reforça.

Números

De acordo com o Ministério da Saúde, desde a criação do programa Brasil Sorridente, em 2002, a cobertura de atendimento à população aumentou cerca de 250%. Em Sergipe, desde a implantação em 2010 das quatro unidades, localizadas nos municípios de Boquim, Laranjeiras, São Cristóvão e Propriá, já foram atendidas mais de cinco mil pessoas e realizados cerca de 26 mil procedimentos.

Brasil Sorridente

O CEO é uma unidade de saúde para cuidados odontológicos. Sua competência é de âmbito especializado, ou seja, irá ofertar uma ação após o cidadão iniciar um tratamento na atenção básica (cuidados nas Clínicas de Saúde da Família ou em Postos de Saúde). A definição da necessidade de atendimento especializado deve ser feita por um dentista.

O CEO possui consultórios muito bem equipados com aparelho de Raio X para auxiliar nos diagnósticos e aparelho de ultrassom para tratamento periodontal. Além disso, os CEOs possuem profissionais especialistas em endodontia, cirurgiões buco-maxilofaciais, especialista em pacientes especiais e periodontia.

O CEO é mais uma oferta do SUS para os cidadãos. E representa uma das frentes de atuação do Brasil Sorridente. É gerido no Estado pela SES, por meio da Funesa. Os CEOs fazem parte da estratégia de Reforma Sanitária e Gerencial do Sistema Único de Saúde (SUS), implementada pelo Governo do Estado de Sergipe.