[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]No Centro de Convivência do Adolescente, instalado no Caic do bairro Industrial, as atividades não param. Mesmo durante o período dedicado às férias escolares, a instituição mantida pela Prefeitura de Aracaju, Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e Seed (Secretaria de Estado da Educação, Desporto e Lazer) abre as portas para garotos e garotas que desejam aprender gratuitamente uma ocupação profissional ou simplesmente estar em contato com pessoas da mesma idade.

Oficinas de embalagem para presentes, redação, violão e teatro ajudam a manter os adolescentes ocupados, preenchendo o tempo ocioso próprio do período de férias escolares. Os cursos tiveram início em janeiro e alguns deles se estendem até abril, quando recomeçam as atividades habituais do Centro.

A arte e o lazer caminham juntos no espaço dedicado à convivência dos adolescentes. Enquanto um grupo de alunos desenvolve suas habilidades artísticas produzindo caixas para presentes, a quadra de esportes abriga os apaixonados pelo futebol de salão. “O objetivo dessa iniciativa é não perder a essência de trazer o adolescente para o espaço onde pode se socializar com outros, mesmo nas férias e no tempo em que os cursos normais do Centro se encontram em recesso”, explica Demétrio Alves, da orientação pedagógica.

Estímulo à criatividade
A oficina de redação estimula os participantes a aprenderem, por meio da música, a recriar a realidade. Na aula desta manhã, dia 4, a canção “Como os nossos pais”, na voz de Elis Regina, ajudou a desenvolver a lição do dia. “Trabalho o texto a partir da música, que é um importante recurso para os alunos assimilarem o conteúdo. Ouvindo as histórias de cada letra eles podem se colocar no lugar do próprio cantor”, destaca o instrutor ou “oficineiro”, Demétrio Alves.

O método inovador é absorvido com satisfação pelos que se dedicam a desenvolver a escrita. “Ajuda muito, porque é uma maneira diferente e vai além do que é ensinado na escola, de modo tradicional”, diz Rodrigo Santos, 17, aluno do 3o ano. As aulas de redação funcionam como um recurso a mais para quem vai enfrentar o vestibular. “Com certeza depois do curso vou fazer uma boa prova no vestibular”, aposta Joane Barros, 17, estudante do 4o ano da Escola Normal.

Mas é na oficina de embalagem para presentes e de produção de objetos a partir de material reciclado que os adolescentes utilizam todo o seu potencial criador. Eles ganham liberdade para utilizar cores, jornais, caixas e os recursos que têm em mãos para produzir belos produtos. “Eles podem utilizar texturas e materiais diversos, não há algo fechado, depende da criatividade de cada um”, ressalta o instrutor, Dioney Santos.

Novos horizontes
Animada com a arte que desenvolve com habilidade, cercada de colegas de sua idade, a adolescente Jaqueline Santos planeja utilizar a técnica como fonte de renda. “Aprendi a desenhar e a produzir embalagens e tudo isso serve para vender depois”, diz.

Aos 16 anos, ela revela que aprender essa espécie de ofício gratuitamente foi fundamental para sua participação na oficina. “Minha mãe está desempregada e minha família se mantém com a renda que minhas irmãs ganham através do Peti. Se eu tivesse que pagar não ia poder fazer esse curso”, revela.

Para quem almeja um espaço no mercado de trabalho, a oficina que se encerra hoje abre novos horizontes de possibilidades. “Coloquei meu currículo e estou esperando ser chamada. Me sinto muito feliz em ter aprendido algo e isso vai servir de experiência profissional para mim”, finaliza Jaqueline Santos.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.