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A população de Lagarto e mais cinco municípios (Poço Verde, Riachão do Dantas, Salgado, Simão Dias e Tobias Barreto) da região Centro-Sul de Sergipe passou a contar com mais um importante serviço na área de urgência e emergência. Trata-se do centro cirúrgico do Hospital Regional de Lagarto Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro, ativado nesta terça-feira, 3, pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), que gerencia a unidade, atualmente uma das mais resolutivas da rede estadual de urgência e emergência do Estado.

Com a ativação do novo centro cirúrgico, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da FHS, cumpre uma importante etapa do processo de descentralização e interiorização do acesso aos serviços de saúde de média complexidade preconizado pela Reforma Sanitária e Gerencial do SUS Sergipe, iniciada em 2007. Com o funcionamento da unidade cirúrgica, será possível organizar melhor a rede hospitalar estadual, desobstruíndo ainda mais o Huse, que é referência em alta complexidade.

“O Hospital Regional de Lagarto significa, na sua concepção, todo o potencial da reforma sanitária. É um hospital novo no interior do estado, com 125 leitos, sendo dez de UTI. Além disso, é um hospital com fluxo, dimensionamento e estrutura da melhor qualidade. A unidade é também um hospital de ensino para alunos do campus da Saúde da Universidade Federal de Sergipe. Lá, além de atender a população, será um centro formador de mão de obra que vai contribuir para mudar uma realidade que temos hoje: o interior depende muito dos profissionais que estão na capital. Esses avanços para nós, enquanto gestores atuais, são para a população”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Antonio Carlos Guimarães.

Uma visita técnica do diretor-geral da FHS, Emanuel Messias, marcou oficialmente a ativação da unidade cirúrgica. Acompanhado do diretor operacional, Edvaldo dos Santos, do coordenador das Unidades Hospitalares do Interior, Jardel Mitermayer, do diretor-técnico da unidade, Johnson Lucas Marques, e demais gestores do hospital, além da apoiadora institucional da FHS, Ligia Barberino, o diretor-geral da fundação recebeu informações acerca do funcionamento do centro cirúrgico e como se dará o fluxo de pacientes na unidade.

Segundo ele, a ativação do Centro Cirúrgico se constitui num importante momento para a consolidação da rede estadual de urgência e emergência do Estado. “O Hospital de Lagarto já é hoje uma grande referência em média complexidade do interior do Estado, e neste momento ativa mais um serviço, fechando o ciclo do processo de atenção hospitalar. Com isso, dá um significativo passo em nosso compromisso de garantir o acesso a um importante serviço para a população dessa região de Sergipe”, ressaltou Emanuel Messias.

O diretor-geral da FHS lembrou que o funcionamento da unidade cirúrgica terá um papel preponderante para dar mais resolutividade à rede estadual de urgência e emergência, contribuindo ainda mais para reduzir o fluxo de pacientes para a capital. “A nossa expectativa é a de que, ao passo que as pessoas tomarem conhecimento de sua ativação e o Samu 192 Sergipe comece a transferir pacientes, consigamos desafogar ainda mais o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), em Aracaju, e outras unidades regionais, em especial as de Itabaiana, Nossa Senhora da Glória e Nossa Senhora do Socorro. Isso certamente impactará na resolutividade da rede de urgência e emergência de Sergipe”, frisou.

Cirurgias

A configuração do Hospital Regional de Lagarto é de uma unidade de média complexidade. Num primeiro momento, o centro cirúrgico realizará exclusivamente cirurgias gerais, como as de hérnias, vesículas e apendicites e, numa segunda etapa, os procedimentos em traumatologia (ortopédicos), como os relacionados a fraturas de pernas, braços e tornozelos. Mas já há perspectiva para realização de cirurgias eletivas ( programadas). “Existe o compromisso da FHS junto com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), de construir parcerias com os municípios, a fim de que possamos também atender às pessoas nos momentos em que não tenham necessariamente urgência e emergência, mas precisem de uma cirurgia eletiva”, informou Emanuel Messias.

Nesse sentido, a FHS trabalha com a possibilidade de em aproximadamente dois meses o Hospital Regional de Lagarto ampliar o rol de procedimentos para alguns tipos de cirurgia eletiva e de maior complexidade, segundo confirmou o diretor-operacional da fundação. “Estimamos que dentro de 60 dias consigamos trazer para Lagarto um grupo de cirurgias de maior complexidade. A ideia, num momento inicial, é realizar cirurgias de cabeça e pescoço e as torácicas”, acrescenta José Edvaldo dos Santos.

Segundo ele, para isso, a Fundação vai capacitar todos os profissionais a fim de prepará-los para essa nova fase do centro cirúrgico. “Estamos treinando a equipe e acostumando-a à convivência com o paciente do pós-operatório para que, no momento em que ela se sentir mais segura, possamos implementar o serviço e aumentar o grau de complexidade”, disse. Edivaldo dos Santos ressaltou que, dentro dessa perspectiva, haverá a ampliação dos leitos de terapia intensiva, ativando mais dois, assegurando assim o suporte necessário a esses pacientes. Hoje a UTI do Hospital Regional de Lagarto dispõe de dez leitos, os primeiros a serem implantados em um município do interior sergipano.

O diretor operacional da FHS também informou que, para iniciar o processo regulação de pacientes para o centro cirúrgico do HRL, a Fundação já notificou todos os gestores da rede sobre o funcionamento da unidade. “Já relatamos a todos os superintendentes de todas as unidades, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que faz a regulação desses pacientes, além dos secretários de Saúde, não apenas de Lagarto, mas de todos os municípios que integram a Regional de Saúde. Agora, estamos fazendo um trabalho junto com os grupos de cirurgia, informando da potencialidade que tem o hospital regional de Lagarto, para poder trazer esses para o HRL”, frisou. Logo após a visita ao hospital, Emanuel Messias fez uma visita de cortesia à secretária de Saúde de Lagarto, Aline Almeida.

Estrutura

O Centro Cirúrgico dispõe de quatro salas cirúrgicas, além de uma Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) com cinco leitos. Nesse primeiro momento, estão operacionais três salas: uma destinada às cirurgias gerais de urgência e emergência, outra às ortopédicas e uma terceira que funciona como reserva. A unidade está aparelhada com equipamentos modernos e tecnologia de ponta, como mesas, arcos e focos cirúrgicos, bisturis eletrônicos, cardioversores e carros de anestesia.

Inicialmente, o HRL disponibilizará 10 leitos cirúrgicos para internação dos pacientes atendidos na unidade, que poderão ser ampliados com base na demanda  do Centro Cirúrgico. Somente com equipamentos, o Governo de Sergipe, por meio da SES e da FHS, investiu aproximadamente R$ 1,5 milhão, de um total de R$ R$ 22.091.970,70 aplicados na construção e aparelhamento de toda a unidade hospitalar.

Escalas

Para viabilizar o funcionamento do novo Centro Cirúrgico, a FHS também contratou novos profissionais e redimensionou as jornadas de trabalho de médicos e pessoal de enfermagem, a fim de compor as escalas específicas para a unidade, entre cirurgiões, enfermeiros, técnicos e auxiliares. Na área médica, para dar suporte ao funcionamento da unidade, as escalas contarão com 14 cirurgiões gerais, sendo dois plantonistas por dia, além de um diarista para a evolução dos pacientes e de sete anestesiologistas, um por dia, em plantões de 24h. Ainda estão sendo mobilizados em torno de 50 profissionais, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares, para atender à demanda diária das salas cirúrgicas operacionais, da Sala de Recuperação Pós-Anestésico (SRPA) e dos primeiros dez leitos cirúrgicos.

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