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A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos iniciou nessa terça-feira, 01, o primeiro dia do Curso de Capacitação para Catadores de Materiais Recicláveis que residem  no território do Baixo São Francisco Sergipano, local onde foi constituído o Consórcio Público de Saneamento Básico da região ribeirinha e sertaneja.

A capacitação, que prossegue nesta quarta-feira, dia 2, e somente será concluída na quinta-feira, 3, contou com a participação de 30 catadores dos 28 municípios que compõem o Baixo São Francisco. Presente na abertura do curso, o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes Silva, confessou que os catadores são a principal razão da lei nacional.

“Ela não teria o êxito pretendido com o encerramento dos lixões a céu aberto em 2014 sem colocar como principal objeto de todo esse cenário nacional vocês, os catadores e coletores de recicláveis”, afirmou o secretário dirigindo-se aos catadores.

“A política não quis varrer da história do Brasil os lixões  deixando para trás aqueles que fazem parte de um processo que merece total reconhecimento dentro da política, o catador brasileiro. Diante disso, o Governo Federal destacou em seu texto a inclusão dos catadores no meio social, no exercício da cidadania, valorizando-o profissionalmente como empreendedor, fazendo com que a classe pudesse ser inserida na cadeia produtiva da geração de resíduos e forma ordenada, por meio  da formação de associações e  cooperativas”, declarou Genival.

O representante do Ministério Público Estadual, José Soares Aragão, é um dos apoiadores e cooperadores do curso de capacitação destinado aos catadores do Estado. Segundo ele, o órgão é  militante da causa do catador desde  1999, quando iniciou processo de organização da classe durante processo de retirada das crianças do trabalho nos lixões.

“A Semarh vem somar-se com o ministério. É uma soma de iniciativas que vem por atender a determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em todos as capacitações que estive acompanhando a minha palavra para os catadores tem sido para que eles acreditem nesse momento que foi iniciado no Estado há 14 anos dento do Ministério Público, e que agora toma corpo com respaldo  da lei nacional, a 12.305”, destacou Aragão.

Formado por 28 municípios, o Consórcio Público de Saneamento Básico do Baixo São Francisco tem, em média, 300 catadores cadastrados. Sendo nas cidades de Capela, Nossa Senhora da Glória e Propriá o número de maior concentração desses catadores.

Segundo conta o  superintendente do Consórcio Público de Saneamento Básico de Baixo São Francisco Sergipano,  José Marcos Oliveira,  mesmo antes da política ser consolidada em 2014 a Semarh já havia elaborado a Política Estadual de Resíduos Sólidos. “Então, o curso é fruto de um pensamento planejado que acabou sendo contemplado com um dos principais objetivos da política nacional de resíduos, que é valorizar esses trabalhadores e o seu trabalho”, afirmou Marcos.

O curso ofertado pela Semarh para os Catadores de Sergipe já foi realizado nos territórios Sul e Centro Sul e no do Agreste Central.  Para encerrar o ciclo de capacitações -as quais contemplam os quatro territórios do Plano de Regionalização de Resíduos Sólidos do Estado- o próximo território a receber a capacitação ofertada pelo Governo do Estado, através da Semarh, é o da Grande Aracaju. O curso  será realizado no período de 15 a 17 de outubro,  no município de Laranjeiras, cidade sede do consórcio Público da Grande Aracaju.

O curso

Segundo a coordenadora do Curso de Capacitação, a técnica ambiental da Semarh, Talita Oliveira, os catadores têm recebido a capacitação durante três dias consecutivos, num total de 12 horas/aula. “Para a formação e capacitação dos catadores, o curso promove oficinas privilegiando temas que buscam a autonomia, a função social da atividade da coleta e organização para o trabalho”, salienta a coordenadora.

Com horários de 8h às 12h e das 14h às 18h, os catadores desfrutam de uma didática positiva que discute temas como “Origem do Catador”, texto que aborda o contexto histórico, social e ambiental dos catadores. Essa didática do curso vem sendo ministrada pela técnica ambiental da Semarh, Ismeralda Barreto, especialista em Resíduos Sólidos.

Um parte ímpar do curso é aplicada pelo educador Antônio Neto, que trata com exclusividade sobre o senso empreendedor do catador, uma tarefa com base Política Nacional de Resíduos.
“A oficina proporciona a elevação da auto estima do catador por narrar a importância do processo de organização associativa e cooperativista. Também, o gerenciamento no contexto da catação, negociação e reciclagem. O objetivo é esclarecer os benefícios que a cooperativa oportuniza para eles, encurtando os passos e fortalecendo a inclusão social e de  Mercado”, explica o educador.

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