Casos de leptospirose são controlados pela Saúde Municipal
Em Aracaju, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem desenvolvendo ações que envolvem atendimento prestado por profissionais atentos aos sintomas da doença, orientações quanto ao saneamento básico das comunidades e conscientização da população, através dos trabalhos desenvolvidos nas Unidades de Saúde da Família (USF).
Em relação ao ano passado, os números referentes ao desenvolvimento da doença na capital caíram. Neste ano já foram identificados 10 casos, seis deles contraídos entre os meses de maio e junho, período caracterizado pelo aumento das chuvas. Até julho de 2004, a SMS já havia identificado 18 casos, oito a mais que esse ano. Em 2003, este mesmo intervalo de tempo havia registrado 15 casos da doença.
A área onde a leptospirose tem maiores possibilidades de se desenvolver em Aracaju coresponde à 4ª Região, zona norte da capital, área ainda carente de investimentos sanitários. Até agora, dois casos foram registrados no bairro Bugio, outros dois no Santa Maria. Em 2004, a 4ª Região registrou sete casos.
Sintomas
A doença tem um período de incubação de um a vinte dias e depois apresenta duas fases. Na primeira, os sintomas são dores de cabeça, musculares e febre alta. Em seguida o paciente apresenta olhos amarelados e pele alaranjada. Num quadro mais grave podem ocorrer hemorragias pulmonares ou intestinais e insuficiência renal aguda (diminuição da quantidade de urina).
Ao identificar qualquer suspeita, a pessoa deve se dirigir à Unidade de Saúde e solicitar o diagnóstico. Quando confirmado, a SMS faz a notificação e, através do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), avalia a região onde o caso ocorreu para detectar a possibilidade de aumento do risco. A depender da necessidade, o paciente pode ser internado ou tratado pela equipe da Unidade. Os medicamentos são fornecidos pela SMS.
Segundo Marco Aurélio Góes, médico infectologista da SMS, a leptospirose é uma doença que em condições graves leva a um grande número de mortes. Em 2004 foram registrados três óbitos dos 21 casos atendidos, correspondendo a 14% de mortalidade. Número até certo ponto satisfatório, já que, segundo Marco Aurélio, a doença apresenta um percentual de 20% de mortalidade.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]