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No primeiro semestre de 2013, um grupo de 500 mulheres acolhidas pela rede de atendimento da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) participarão de cursos de capacitação em construção civil. A iniciativa faz parte da política do Governo do Estado e foi anunciada na manhã desta quarta-feira, 28, durante o encerramento da 1ª Capacitação dos Profissionais dos Serviços Especializados e da Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra a Mulher.

A coordenadora estadual de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Ana Júlia, explicou que inserir a vítima no mercado de trabalho é uma das formas de enfrentamento à agressão, já que a mulher deixaria de depender financeiramente de seu agressor. “Temos dois grandes eixos de trabalho que são a rede de atendimento da mulher e a autonomia econômica como principal fator de enfrentamento à violência. A gente sabe que muitas mulheres são dependentes de seu agressor e essa dependência impede, em muitos casos, que a vítima denuncie. Para que a gente fortaleça a mulher em relação à autonomia econômica, estamos trabalhando junto com a Seides em projetos de capacitação. Em 2011, tivemos 25 turmas de capacitação profissional. Este ano, conseguimos a aprovação do projeto que visa capacitar mulheres na construção civil, que é um mercado crescente em Sergipe. O projeto está orçado em R$ 1 milhão e será implantado a partir de março”, afirmou.

Essa e outras medidas de combate à violência à mulher foram discutidas durante a 1ª Capacitação dos Profissionais dos Serviços Especializados e da Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra a Mulher. A iniciativa da capacitação é do Governo de Sergipe por meio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM), em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM). “O papel da SEPM hoje é levar informação para essas mulheres, que ela não está só, que ela busque ajuda, que ligue 180 e que os serviços estão disponíveis para ajudá-la e para que possamos atendê-la de forma mais humanizada”, reforçou Ana Júlia.

Delegados, advogados, escrivães, juízes, policiais, médicos, psicólogos, assistentes sociais, atendentes de saúde, entre outros, participaram da ação que debateu ainda o aperfeiçoamento da rede de  acolhimento à vítima de agressão.

Na avaliação da coordenadora, o evento foi positivo. “O evento foi muito produtivo, superou nossas expectativas. Tivemos um público 60% superior ao que esperávamos e um público diversificado com juízes, assistentes sociais, policiais militares e civis, psicólogos, enfim todos os profissionais que trabalham no atendimento da mulher vítima de violência estiveram presentes buscando alinhar o trabalho. Saímos daqui fortalecidos e cientes de que temos muito a fazer. A integração das secretarias de Estado foi um ponto bastante positivo. Trabalhamos para o fortalecimento da família porque quando a mulher sofre uma agressão, toda a família é agredida e esse olhar se dá quando os serviços que compõem essa rede estão integrados”, afirmou.
 
O número de casos de agressão contra a mulher é crescente. Somente este ano, já foram registrados mais de dois mil boletins de ocorrência na Grande Aracaju. Para fortalecer o trabalho de atendimento de mulheres vítimas da violência, a SEPM vem implantando Centros de Referência de Atendimento à Mulher (Cream) no estado.

Os espaços objetivam promover a criação e a estruturação de equipamento público para atendimento à Mulher em situação de vulnerabilidade, garantindo o atendimento social, psicológico e jurídico, orientação e informação às mulheres em situação de violência na perspectiva de fortalecer a autoestima e a construção da cidadania dessas mulheres.

Atualmente, Sergipe conta com três Centros Regionalizados, localizados nos municípios de Tobias Barreto, Carmópolis e Barra dos Coqueiros. A previsão, conforme a secretária Maria Teles, é que mais quatro Centros sejam inaugurados no próximo ano nos municípios de Itabaiana, Propriá, Estância e Poço Redondo. 

“Nosso objetivo é estabelecer compromisso entre os gestores estaduais para fortalecer essa rede de atendimento e humanizar esse acolhimento. Esse evento foi extremamente importante e proveitoso”, disse a secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Maria Teles.

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