Campanha de vacinação contra raiva atinge 50 mil animais
Como alguns donos levam seus animais para serem vacinados em outros locais, o coordenador da campanha, Dr. Gilberto França de Souza, acredita que praticamente todos os cães e gatos de Aracaju tenham recebido a vacina durante o ano. Ele ressalta a importância dessa atitude. “A raiva é uma doença fatal e não tem cura. Quando o dono previne seu animal, evita perdê-lo por ocasião do contágio, além de preservar a sua própria saúde”, afirma.
O coordenador atenta ainda para a necessidade da aplicação de duas doses anuais, que evitam o risco de contaminação. A primeira dose organizada pelo CCZ este ano aconteceu em março e atingiu pouco mais de 51 mil animais, sendo a maioria das vacinas aplicada nos postos fixos.
“Dividimos a campanha, tanto em março quanto em setembro, em duas fases. Primeiro, vacinamos os cães e gatos da ‘zona de expansão’ da cidade, indo de casa em casa para identificar os bichos. Em seguida, realizamos a vacinação em 100 postos fixos espalhados em pontos estratégicos de toda a cidade”, conta Gilberto.
No primeiro e segundo semestres, o período de vacinação foi desempenhado da seguinte forma: quatro dias iniciais, para que fossem atingidas as casas da zona de expansão; e dois dias finais, quando a vacinação se concentrou nos postos fixos. Contudo, os donos devem estar conscientes de que este serviço é oferecido durante todo o ano. Basta ir ao Centro de Controle de Zoonoses, que vacina cães e gatos de segunda a sexta-feira, em dois turnos de funcionamento: das 8h às 12h e das 14h às 17h.
Outras doenças
De acordo com o coordenador da campanha de vacinação, é preciso ficar atento aos tipos de doenças que atingem as espécies caninas. “Além da raiva, os cães podem ser contaminados pelo calazar e pela leptospirose. O principal cuidado, no caso desta última, deve ser com a higiene na hora de alimentar o animal. Isso porque o contágio ocorre através de alimentos ou água contaminados geralmente por urina de rato”, alerta.
Já o calazar ou “leishmaniose” é uma doença transmitida por meio de picada de insetos específicos (Lutzomyia longipalpis), conhecidos como mosquito-palha, birigüi e outros. Todas essas doenças devem ser evitadas, porque não existe cura para animais. Além disso, o Centro de Controle de Zoonoses trabalha no sentido de preservar a saúde humana, na medida em que controla o risco de contaminação nos animais domésticos.
Esta é a regra geral do CCZ: evitar que a doença se manifeste em cães e gatos, por serem espécies animais em contato direto com as pessoas. A raiva, assim como o calazar e a “leishmaniose” são doenças conhecidas como “zoonoses”. Isso significa que são doenças que podem ser transmitidas do animal para o ser humano, e vice-versa.
“Quando alguém resolve criar cães e gatos tem que manter o cuidado com a saúde deles, principalmente com a higiene e a alimentação, buscando evitar as doenças transmissíveis. Assim, a saúde humana também é preservada”, reforça Gilberto.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]