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O Centro de Atendimento a Grupos Vulneráveis (CAGV) divulgou na manhã desta segunda-feira, 18, os atendimentos de violência contra o idoso. As estatísticas foram anunciadas em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência à Pessoa Idosa, que aconteceu na última sexta-feira, 15. De janeiro a abril deste ano, foram registrados 162 boletins de ocorrência de violência contra o idoso em Aracaju. A maioria das vítimas são mulheres com idade entre 70 e 90 anos e os responsáveis pelas agressões são os próprios familiares.

Entre os diversos tipos de violência registrados pelo CAGV destacam-se os crimes de abandono, maus tratos, apropriação de rendimentos, ameaça e estelionato, este último praticado por pessoas fora do convívio do idoso. De acordo com as estatísticas, os bairros Augusto Franco (9), Centro (8), Santa Maria (8), Santos Dumont (7) Salgado Filho e Bugio (7) são os locais onde os idosos são mais maltratados na capital.

Segundo a delegada Maria Aparecida Figueira, responsável pela CAGV, no ano de 2006 foram contabilizados 390 boletins de ocorrências, destes 66 eram inquéritos, 113 Termos de Compromisso e 69 Termos Circunstanciados, entre outros. Já nos quatro primeiros meses deste ano, a polícia contabilizou 40 inquéritos e um flagrante, onde, ao final do inquérito, a Justiça obrigou o filho agressor a sair da casa da mãe.

"Precisamos iniciar um estudo para saber se o que aumentou foram as ocorrências ou a credibilidade no trabalho da polícia", destacou a delegada, acrescentando que o atendimento é tão personalizado que a escrivã Rose Alves Moreira foi incluída no testamento de um idoso, vítima de furto. "Na época, ele recebeu os primeiros atendimentos da escrivã e ficou muito agradecido com a recepção. Tempos depois, a sobrinha dele veio à delegacia e disse que o tio havia falecido, mas antes escreveu um testamento onde deixava uma coletânea de livros para ser entregue à policial".

A delegada disse ainda que os idosos, e mais especialmente as idosas, temem denunciar os seus agressores por medo de sofrer represálias, pois muitas vezes alimentam um sentimento de afeto em relação aos familiares. Por isso, a maioria dos casos que chegam ao CAGV são trazidos por vizinhos e por parentes distantes. "Os idosos são vítimas cotidianas do preconceito e a exposição desse preconceito se evidencia nas filas dos supermercados, em hospitais, nos assentos dos ônibus urbanos e na falta de sensibilidade de alguns motoristas de ônibus que insistem em destratá-los. São vários tipo de violência".

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há dois anos o Brasil tinha uma população de 18 milhões de pessoas com cerca de 60 anos ou mais, ou seja, aproximadamente 10% da população. A estimativa é que em 2020 o total de idosos chegue a 25 milhões. "Atitudes simples de educação e respeito ao idoso, aliadas à criação de políticas públicas para esse segmento populacional, vão garantir um futuro melhor para todos nós", disse a delegada.

Denúncias

Quem tiver informações sobre maus tratos em idosos pode denunciar diretamente no Centro de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (CAGV), localizado à Avenida Augusto Maynard, no bairro São José, em Aracaju. O telefone para contato é (79) 3213-1238. Outra opção é o Disque-Denúncia da Polícia Civil, através do número 0800-79-0147.

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