Biblioteca Clodomir Silva comemora centenário do Esperanto em Sergipe
Durante a cerimônia, o professor doutor em Lingüística Roberto Ribeiro, que ministra aulas de Esperanto na Clodomir Silva, comentou a importância do encontro como forma de resgatar os grupos que estudam a centenária língua no estado. “A proposta do evento é atrair pessoas que falem ou estudem o Esperanto para manter viva a língua em Sergipe”, comentou.
Roberto afirmou estar preocupado com a manutenção da língua uma vez que os esperantistas parecem dispersos em Sergipe. “A partir da década de 1980 não se ouvia mais falar na língua em Sergipe. Chegamos até a colocar anúncios em jornais, pois não encontrávamos mais os grupos ou representantes que estudassem a língua”, disse.
Com o intuito de manter viva a tradição da língua, Roberto apresentou a proposta do curso no inicio do ano para a direção da biblioteca. Atualmente, a turma tem 15 alunos matriculados e as aulas acontecem às segundas e sextas das 19 às 21 horas. O curso começou no final de maio e segue até agosto.
Ele explicou que alem de cursos e encontros regionais, a Internet é uma ferramenta aliada na manutenção da língua. “É mais fácil entrar em contato com esperantistas de outros estados e países através da web, do que encontrar os interessados na língua em Sergipe. Através das comunidades no Orkut promovemos encontros e trocamos informações sobre gramática e vocabulário”, contou.
Língua Neutra
Criado em 1887, pelo médico polonês, Lázaro Luiz Zamenhof, o Esperanto surge como meio de comunicação neutro que não pertence a nenhuma língua. A representante sergipana da Associação Brasileira da Juventude Esperantista, Kadigia Constantino, explica que o Esperanto foi criado com o intuito de ser uma segunda língua. “Ele serve como língua franca internacional para toda a população mundial”, ressaltou.
O idioma, que tem como objetivo principal unir os povos através do fundamento lingüístico neutro, reúne as particularidades de várias línguas. Possui 16 regras gramaticais sem exceções, baseadas nas línguas semíticas ou asiáticas, e o vocabulário abrange resquícios das línguas ocidentais. O ensino e o aprendizado do Esperanto são estimulados pela Unesco e pelo Conselho Federal de Educação.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]