Banco de Leite Humano homenageia mãe doadoras com entrega de diplomas

Celebrar a vida e agradecer àquelas que regularmente contribuem com o estoque do Banco de Leite Humano Marly Sarney (BLH). Foi com esse propósito que a unidade de saúde reuniu mulheres cadastradas no serviço para prestar uma singela homenagem pela passagem do Dia Mundial da Doação de Leite Humano, comemorado em 19 de maio.

“É uma forma de reconhecer esse gesto de solidariedade e estimular novas doadoras. Hoje, o BLH conta com a ajuda de 29 mães. Além dessas voluntárias, recebemos ajuda da instituição do município de Itabaiana que, só esse ano, nos forneceu 114 litros. Mesmo assim, ainda é muito pouco para a nossa demanda, pois esse leite atende às maternidades da capital, em especial aos bebês prematuros”, explicou a gerente do BLH Hélia Karla Agapito.

Diplomadas

Durante o ato, as cinco primeiras colocadas no ‘Ranking da Doação’ receberam brindes e um Diploma de Mãe Doadora. A dentista Sara Juliana Vasconcelos ocupou o quinto lugar com a marca de 41,130 litros doados em dois meses.

“Meu filho não queria mamar e eu desprezava o leite, jogando na pia do banheiro. Foi aí que a maternidade particular onde fiz o parto me orientou a procurar o Banco”, relatou Sara.

Personagem da campanha estadual da doação, Meire Simone Souza foi premiada por ocupar a segunda colocação. Ao longo de sete meses, a analista de intercâmbio doou 48,170 litros. “O meu pequeno Mateus, que hoje completa um aninho de vida, não dava conta de tanto leite. Para não desperdiçar, mandava os recipientes com o leite para o BLH”, contou Meire.

A iniciativa pautada no amor ao próximo foi compartilhada pelo operador comercial Kerllyng Santana, que sempre esteve presente em todas as fases do processo maternal da esposa. “Fiz questão de colocar meu apoio, meu incentivo. Num momento tão importante como esse, o pai também tem que chegar junto”, disse Kerllyng.

Mãe de três filhos, o mais novo de apenas oito meses, Maria Vilma Souza foi a terceira colocada em volume de doação. “Eu sempre ouvia falar em doação de leite, mas não sabia como fazer, até que eu conheci uma mulher que não conseguia amamentar o próprio recém-nascido. Com meu estoque natural, amamentei minha primeira filha até os dois anos de idade”, contou Maria Vilma.

Carla Isabel Santos procurou o Banco de Leite por outros motivos: sentia fortes dores na mama e não conseguia amamentar. Depois de passar pela sala de manejo, se tornou uma doadora, com a contribuição de 86,110 L em nove meses. “Aqui tive ajuda especializada. As funcionárias me ajudaram a massagear o peito, foi quando o leite começou a jorrar e eu descobri que tinha excesso. Meu filho Pedro Antônio tem um ano e três meses mama até hoje”, considerou a dona de casa.

Destaque

Com Keeze Montalvão não foi diferente. A servidora pública sentia muitas dores logo depois do parto e as mamas estavam sempre rígidas. “Ao ser orientada, descobri que os meus seios ficavam duros porque estavam cheios de leite. Entrei para o programa de doação e não parei mais. Em dez meses consegui doar 143,980 litros. Quero ajudar até quando eu puder, pois acredito que isso é uma missão”, falou a primeira colocada.

Para a superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Carline Rabelo, essas atitudes de bondade só estimulam as ações do Governo do Estado. “Fico até sem palavras diante de um gesto tão humano como os que foram relatados aqui. As portas da MNSL estão sempre abertas para que vocês possam conhecer as outras mães e crianças que ajudaram a viver”, convidou Carline.

Apoiadora institucional da MNSL, Manuela Oliveira disse que a Fundação Hospitalar de saúde (FHS) pretende ampliar as ações do BLH para proporcionar que mais vidas sejam salvas. “Infelizmente poucas pessoas conhecem esse trabalho de extrema importância para a saúde da nossa população. Com a implantação da Rede Cegonha em Sergipe, nossa meta é incluir a rede privada em nosso fluxo para a doação de leite,” pontuou.