[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Pandeiros, atabaques e berimbaus foram os instrumentos necessários para anunciar a quem esteve no Ginásio de Esportes Constâncio Vieira, durante este final de semana, que o IV Campeonato Sergipano de Capoeira estava começando. O campeonato iniciou durante a tarde de sábado, 31, e prolongou-se durante todo o domingo, 1º de junho.
A Prefeitura de Aracaju, através da Semasc – Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania -, proporcionou que quatro adolescentes do Peti – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – participassem, alguns pela primeira vez, deste campeonato.
No sábado as competições aconteceram para as categorias conjunto e dupla e nelas atuaram Luciano Oliveira Nascimento, 15, e Alexandro dos Santos Ramos, 15, que participam da Jornada Ampliada do Peti no bairro Japãozinho. Competiu também Alysson da Silva Santos, 15, que freqüenta o Peti no Jabotiana. Na categoria conjunto, eles trouxeram como recompensa medalha de bronze. Já no domingo houve competição apenas na categoria individual e a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, através do Peti, levou Tamires Conceição dos Santos, 14, que mora no bairro Jabotiana, para participar de seu primeiro campeonato e dele ela trouxe a sua primeira medalha, também de bronze.
Para a coordenadora pedagógica do Peti, Cyntia Silva, que acompanhou o campeonato, essa ação da Prefeitura de Aracaju, juntamente com a Semasc e o Peti, ajuda a acabar com o preconceito que algum segmento da sociedade ainda cultiva contra a capoeira. “Na Jornada Ampliada do Peti já conseguimos dar largos passos na busca da superação do preconceito contra a capoeira, pois ela não é tão valorizada quanto o judô e hoje já se destaca em nível nacional como uma das modalidades que integra e sociabiliza o adolescente”, diz Cyntia.
Antônio Paulo de Souza, ou mestre Paulo, como é conhecido entre seus alunos do Peti, é presidente da Associação Desportiva e Cultural Novos Irmãos, na qual estiveram inscritos os quatro capoeiristas assistidos pela PMA. Ele não esconde a satisfação. “Eu fico satisfeito em poder dar a minha parcela de contribuição no resgate da auto-estima de cada um desses adolescentes, pois eles possuem um passado doloroso e hoje através da capoeira têm a oportunidade de se destacarem no esporte e de vislumbrarem um futuro diferente”, diz o professor Paulo.
Patrocinado pela Federação Sergipana de Capoeira, o campeonato foi formado por alunos da Associação Cultural e Desportiva Novos Irmãos, da Associação Cultural e Desportiva de Capoeira Líder, da Associação de Capoeira Renascente, da Associação de Capoeira Nossa Arte, do grupo de capoeira Sete Quedas, do Os Bantos e do Grupo Saci de Capoeira, do município de Itabaiana.

A troca das ruas pelo esporte

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania atende a 1.550 crianças e adolescentes, de 7 a 15 anos, através do Peti – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Antes eles ocupavam as ruas de Aracaju, muitas vezes desenvolvendo atividades penosas e degradantes, que prejudicam o desenvolvimento humano. A Prefeitura de Aracaju, através da Semasc, ampara 1.139 famílias e 1.550 crianças e adolescentes cadastrados no programa, divididos em 20 bairros da cidade.
Na jornada ampliada, as crianças e adolescentes participam diariamente no horário em que não estão na escola. Ali, eles desenvolvem atividades esportivas em diversas modalidades, como a capoeira e o judô, ocupando o tempo livre. Estes adolescentes estavam pegando carregos em feiras livres, limpando pára-brisa de carros em semáforos e em tantas outras atividades, que retiram da criança e do adolescente a oportunidade de um futuro promissor.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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