Artesãos aracajuanos aprendem a desenvolver seus negócios

[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Mais uma turma de artesãos aracajuanos está aprendendo a expandir, diversificar e valorizar seus negócios nos cursos de “Embalagem de Produto” e “Comercialização e Gestão”. Muito mais do que aprender a fazer o artesanato ou as embalagens em que eles são vendidos, os alunos estão estudando com profissionais especializados as leis que regem o mercado, desmistificando preconceitos acerca de seus produtos e preparando-se para competir de forma destacada.

“Eles não estão aqui para aprender a fazer caixinhas apenas, mas para analisar as características mercadológicas que podem ser usadas dentro do processo de comunicação do produto para gerar os diferenciais competitivos. Estamos discutindo as ações que precisam ser iniciadas a curto, médio e longo prazos para que todos alcancem notoriedade, competitividade e a fidelidade do público”, explicou a instrutora do curso de “Embalagem de Produtos”, Germana Araújo.

Desenhista industrial pela Universidade Federal da Paraíba, especialista em Design pelo Instituto Europeu de Design (IEB Milão-Itália) e mestranda em Desenho, Cultura e Interatividade na Universidade Estadual de Feira de Santana (Bahia), Germana acredita que é fundamental para os artesãos entender sua atividade como um negócio. “É preciso conhecer a si mesmo e ao seu produto, o público e o mercado para transformar eventuais fraquezas em oportunidades”, opinou.

As aulas acontecem no Centro de Cultura e Arte da orla de Atalaia e fazem parte do Programa de Desenvolvimento da Produção Artesanal Associada ao Turismo, resultado de um convênio entre Ministério do Turismo (MTur) e Fundação Comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI/NE). Em Sergipe, o programa é coordenado pela Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), e também pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur).

“Eu estou amando as aulas porque, além de ser tudo muito interessante e proveitoso, os professores são fora de série. Nós somos ricos de idéias e agora estamos aprendendo a usá-las”, avaliou a artesã Rosa Andrade, cearense que há 23 anos trabalha com redendê, ponto-de-cruz e crochê para confeccionar artigos de cama, mesa e banho. “Eu pensei em desistir de vir por falta de tempo, mas não posso perder essa oportunidade”, contou ela, que concluiu o curso de “Comercialização e Gestão” e vai ampliar seus negócios com artigos para recém-nascidos.

O já encerrado curso de “Qualidade e Atendimento ao Cliente” e o curso de “Vitrine – Layout de Loja”, que será realizado de 11 a 15 de setembro, também fazem parte da iniciativa. Além de Aracaju, os municípios de Pacatuba, São Cristóvão, Canindé do São Francisco foram selecionados para a parceria por terem bons produtos, mas ainda pouca experiência nas áreas trabalhadas nas aulas.

A troca de informações tem sido gratificante para Bruno Matos, estudante do 7º período de Design Gráfico da Universidade Tiradentes (Unit) que está acompanhando os cursos para fazer seu trabalho de conclusão com o tema ‘A Intervenção do Design nas Comunidades Artesãs’. “Eles estão ganhando porque recebem muita informação, mas a gente também aprende bastante com as experiências deles. A cultura se fortalece e se perpetua com iniciativas assim”, declarou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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