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Uma obra prima do realismo poético – a ópera ‘La Bohème’. Este é o presente dado aos sergipanos pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), em comemoração aos 191 anos de emancipação política do Estado. Em sua primeira noite de apresentação nessa quarta-feira, 6, ‘La Bohème’ atraiu centenas de pessoas ao Teatro Tobias Barreto (TTB) para prestigiar esta que é considerada um dos maiores sucessos da história das óperas no mundo. A orquestra é gerida pela Secult e tem patrocínio do Instituto Banese e do Banese Card.

Em mais uma noite da série Mangabeiras – que carrega músicas inéditas executadas pela Orsse e por seus convidados, o público pôde conferir uma soma de grandes talentos no palco, como as sopranos Daniela Carvalho (intérprete de Mimi) e Carla Cottini (Musetta), o tenor Marcello Vannucci (Rodolfo), os barítonos Sebastião Teixeira (Marcello) e David Marcondes (Schaunard), e os baixos Cláudio Alexandre (Colline) e Saulo Javan (Alcindoro).

Segundo Guilherme Mannis, diretor artístico e regente da orquestra, esta é a segunda vez que Sergipe reproduz uma ópera (a primeira foi no ano passado com a ópera Aida). “Nós conseguimos reunir um elenco memorável nesta noite, pois além dos grupos da terra, nós trouxemos solistas que têm forte ligação com Sergipe, a exemplo do Cláudio Alexandre e da Daniela Carvalho – uma verdadeira ‘prima donna’. Este é um momento especial para nós, pois a ópera representa um espetáculo completo com música instrumental, canto e enredo”, detalhou Mannis.

Estiveram ainda presentes no palco os Coros Sinfônico e Infantil da Orsse, sob a regência de Daniel Freire e a preparação vocal de Verônica Santos. Uma segunda noite de apresentação da ópera está marcada para esta sexta-feira, 8, às 20h30, no Teatro Tobias Barreto.

Com a casa lotada, Guilherme conta que o sucesso da ópera Aida (da temporada de 2010) fez com que desta vez fossem realizadas duas apresentações, brindando o público sergipano com duas noites de um lindo espetáculo de amor. “Trata-se de uma obra impactante, com melodias envolventes. Os ensaios foram muito bons e com certeza o público sairá daqui com as melodias em mente”, declarou.

Filha de uma sergipana, a soprano Daniela Carvalho conta que Mimi – sua personagem – é uma moça romântica apaixonada pelo poeta Rodolfo. Questionada sobre sua relação com o Estado, Daniela afirma ter as melhores recordações possíveis. “Minha mãe é sergipana e conheço bem esta terra. Lembro-me uma vez quando me apresentei na cidade de São Cristóvão. Tive que fazer minha apresentação em praça pública, pois o piano não cabia no palco. Aquele foi um momento emocionante”, contou.

Outro protagonista da ópera é o tenor Marcello Vanucci, que interpreta o apaixonado Rodolfo. “No ano passado estive aqui, e é um prazer enorme vir a Sergipe. Aqui as pessoas são muito receptivas. Nós, artistas, vivemos disso: do público e de casas cheias, é claro”, frisou o tenor.

Casa cheia: público heterogêneo

Crianças, jovens, adultos e idosos. Além do TTB estar lotado nesta noite que compareceu ao teatro era composto de várias faixas etárias. Todos tinham um só objetivo: conhecer a obra de amor e ao mesmo tempo dramática do compositor Giacomo Puccini.

Para a aposentada Neide Maciel, que estava acompanhada da sua cunhada Helena Maciel, os concertos realizados pela Orsse são de suma valia para a manutenção da música clássica em Sergipe. “Acompanho o trabalho realizado pela orquestra e a cada apresentação sentimos uma emoção diferente. Adoro óperas e sempre que viajo assisto a uma”, disse Neide, que ainda declarou a sua grande expectativa com a noite em poder assistir ‘La Bohème’.

Acompanhando os avós, o estudante de 17 anos, Lucas Fonseca, afirmou que apesar da pouca idade é um grande admirador da música clássica. “Sempre que posso venho aos concertos da Orsse. Toco piano e minha relação com a música vem desde a minha infância e, é claro, incentivada pelos meus avós”, frisou o garoto.

La Bohème

Uma das obras-primas mais importantes do compositor italiano Giacomo Puccini (1858-1924), La Bohème revela uma ‘história de amor’ comovente e realista, passada em Paris. A ópera dá ensejo a Puccini de evocar a Paris romântica de 1830, com seus cafés cantantes, seus mercados rumorosos, sua atmosfera alegre e suas figuras pitorescas: vendedores ambulantes, modistas galantes, jovens artistas que levam uma vida ‘boêmia’, animada pelas amizades e os amores precários, mas sempre espreitada pela miséria e pela doença.

Sua estréia foi em 1896, no Teatro Regio em Turim e teve a regência do maestro Arturo Toscanini – um dos mais aclamados músicos do século XIX e XX.

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