Ampliação do pronto-socorro vai otimizar fluxo de pacientes no Huse

Um investimento da ordem de R$ 17 milhões que deve transformar o conceito de assistência hospitalar. Esta é a meta do Governo do Estado com a ampliação do pronto-socorro do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), cujas obras devem ser finalizadas em maio. Na fachada, já é possível perceber as mudanças estruturais no prédio que, por mais de 20 anos, nunca havia passado por uma grande reforma.
 
Para Consuelo Ramos, moradora do município de Nossa Senhora do Socorro, o novo complexo significa esperança para aqueles que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). “Esse é o hospital que atende a todos sem distinção, do pobre ao rico. Tomara que essa obra dê mais agilidade ao atendimento, né?”, indaga.
 
O questionamento da dona de casa é respondido de forma positiva pelo superintendente do Huse, Francisco Claro. De acordo com ele, a modernização física da unidade e a reestruturação da rede hospitalar em Sergipe vai otimizar o fluxo de pacientes vindos do interior e até de regiões vizinhas.
 
“Hoje atendemos mais de 15 mil pessoas por mês. Diante desse número bastante alto, vale ressaltar que muitos casos poderiam ter resolutividade nas cidades de origem. Isso acontecendo e com mais vagas disponíveis, o doente grave terá uma atenção mais qualificada”, explica Francisco Claro.
 
Ampliação
 
O novo pronto-socorro adulto conta com a instalação de 120 leitos, sendo 60 monitorados com equipamentos de alta tecnologia. O modelo de estratificação de risco, adotado hoje, também será aperfeiçoado. As áreas verde, azul, amarela e vermelha vão continuar priorizando as urgências, permitindo a separação entre os pacientes graves e os não-graves.
 
A mobilidade do profissional de saúde, no percurso que vai dos corredores preparados com pontos de gases medicinais (oxigênio, nitrogênio etc.) até a chegada ao centro cirúrgico também foi pensada. “Já temos excelentes funcionários na casa. Esse acesso fácil entre a sala de cirurgia e a UTI vai permitir o salvamento de mais vidas. Um investimento que não tem preço”, comenta a diretora clínica do Huse, Lycia Diniz.
 
Prazos

No canteiro de obras, o trabalho diário é intenso. Cerca de 150 homens trabalham em ritmo acelerado para entregar o prédio à população. “Estamos na reta final, agora é manter o empenho para que a conclusão aconteça dentro do cronograma previsto”, informa o engenheiro Waldir Lucas.
 
“Se não houver nenhuma interferência da natureza, como chuvas fortes, no mês de maio vamos celebrar uma nova fase na saúde pública”, conclui o presidente da Fundação Hospitalar, Emanuel Messias, que espera que a inauguração seja realizada ainda neste primeiro semestre.