[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A noite da última sexta-feira, dia 26, foi de êxtase para alunos e professores dos núcleos J, L e M da Estação 2 ou Sucesso, do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), cujas atividades estão sendo realizadas na Escola Rotary de 1º grau Dr. Wilson Rocha, localizada na Rua Alagoas, no Bairro Siqueira Campos. Durante aquela noite, cerca de 100 alunos e 15 professores realizaram várias atividades, todas ligadas à cultura e à comunicação, e tendo como tema norteador a violência urbana.

Apresentação teatral e jornalzinho foram alguns dos produtos confeccionados pelos jovens, que expressaram como a violência está presente em qualquer canto da sociedade, só que com mais ênfase para os que residem na periferia dos centros urbanos. O grupo sergipano Reação também foi convidado para tocar músicas ligadas ao tema e falar um pouco da trajetória da banda, das dificuldades enfrentadas desde o surgimento até o reconhecimento, afinal de contas é composta por afro-descendentes e nasceu na periferia.

A noite foi o resultado, a síntese de todo o trabalho desenvolvido na primeira unidade formativa, e mais precisamente, na disciplina chamada Integração. “Eles tiveram a oportunidade de escolher o tema que queriam desenvolver. Sugerimos muitos, como por exemplo, o que é ser jovem hoje e a vida na cidade grande, mas quiseram abordar a violência urbana, até por ser algo com o qual se identificaram mais. Querendo ou não, infelizmente vivem ou já viveram esta realidade”, comentou uma das Assistentes Sociais da Estação, Maria Auxiliadora Silva.

Continuidade da proposta

A assistente social garante que outros momentos iguais serão realizados, principalmente às sextas-feiras, para tentar reduzir ou acabar com a evasão escolar, freqüente neste dia da semana. “Estão num bairro onde o último dia da semana é um convite a ficarem fora da sala de aula, e não podemos deixar que desviem o foco”, ressaltou.

A disciplina Integração foi também uma forma de aguçar a curiosidade artística dos jovens integrantes do programa, como foi possível perceber durante a encenação da peça “Jovem mostra sua cara”, montada pelos alunos.

A amizade de três garotos da favela que é desfeita por pontos de vista diferentes, o envolvimento com as drogas, aliciamento e exploração sexual de crianças e adolescentes, roubo, suborno dos aparelhos de segurança pública, o preconceito racial, a inversão de valores sociais e o desejo de um país mais justo e igualitário foram temas abordados durante a encenação.

“Momentos como este são a prova de que alunos e professores estão em perfeito entrosamento. O que estamos vendo também não são atividades aleatórias, pois estão contidas nas propostas do programa nacional, tendo como um dos objetivos despertar a visão crítica de cada um dos inclusos no Projovem”, declarou Fábio Alves, coordenador pedagógico do Projovem em Aracaju.

Para muitos, o programa é a oportunidade de recuperar o tempo perdido e de entender melhor o mundo no qual está inserido, como declarou a estudante Denise Santos Souza, 20 anos, aluna do núcleo M2 da Estação Sucesso, que parou os estudos na 7ª série do Ensino Fundamental. “As aulas têm me ajudado bastante, principalmente, a almejar uma vida melhor, um trabalho legal, enfim, um futuro”, comentou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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