Alunos da Emef Juscelino Kubitschek vão representar Sergipe em competição nacional
Eles vão representar o Estado no 1º Festival de Remo Clube Náutico Capibaribe, que acontece no próximo domingo, dia 16, e envolve clubes de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe. Há cerca de um ano esses cinco jovens que vão competir começaram a se destacar nos treinamentos do projeto, que acontecem sempre no rio Sergipe, nas
proximidades do Shopping Riomar.
Os garotos Heliomar Barros Melo Souza, 14; Leandro de Lima Rocha, 14, John Lennon Cavalcante de Jesus, 14; Leonardo Santos da Silva, 14, e Mayke Alves dos Santos, 15, todos da 8ª série da Emef Presidente Juscelino Kubitschek, estarão participando da primeira competição de remo em suas vidas.
Depois de quase um ano de treinamento os adolescentes vivem a expectativa de se destacarem em outro Estado. Vão competir nas modalidades ´skiff´ – em barcos profissionais – e ´canoe´ – para iniciantes, em distancias que variam de 500 a 1000 metros.
“Sabemos da importância do remo em nossas vidas e com certeza estamos indo para Recife, para com orgulho poder representar bem a nossa escola, o nosso clube e o nosso Estado. Por isso, todos os competidores do país devem nos aguardar, pois não daremos folga para eles. Vamos dar o melhor nessa competição”, afirmou empolgado Mayke Alves dos Santos.
O pequeno atleta, que mora com o pai, a mãe e mais sete irmãos em uma casa simples no bairro Coroa do Meio, nas horas vagas ajuda o irmão, que trabalha como padeiro. “Tenho que trabalhar para não pedir nada para minha mãe, e o que resta eu entrego pra ela para completar a renda da família” disse.
Depois de passarem por alguns esportes como futebol, basquete e handball, os meninos ficaram conhecendo o projeto através do presidente da Associação de Remo, Dennis Pires Fernandes, que fez uma visita à escola e apresentou aos alunos um pouco do que seria o esporte.
“Depois que descobri a importância do esporte na minha vida, já que ele acaba me dando disciplina, melhorei até minhas notas no colégio”, afirma o aluno Leonardo Santos Silva, que assim como Mayke, tem de ajudar no sustento da casa fazendo as vezes de auxiliar de fotógrafo, trabalhando junto com o padrinho.
“No início o esporte parecia ser um pouco difícil, mas depois fui pegando o jeito, aprendendo a técnica e hoje tudo ficou mais fácil. Agora é só treinar para cada vez mais ir aperfeiçoando e no futuro me tornar um profissional desseo esporte”, falou entusiasmado John Lennon Cavalcante, que pela primeira vez vai fazer uma viagem para fora do Estado, e juntamente com seus colegas treina cerca de duas horas por dia.
Projeto
O projeto ´Remo Brasil´ é desenvolvido pela Associação e Remo do Rio Poxim com alunos da Emef Juscelino Kubitschek. O objetivo do projeto é despertar o jovem para a prática do remo, aliada à preservação do meio ambiente e aos estudos. “Para que os meninos façam parte do projeto, e que depois eles dêem continuidade ao trabalho, é importante que tenham boas notas na escola”, afirmou o professor e presidente da Associação, Dennis Pires Fernandes.
Além do ensino do remo, no projeto existe a valorização do ser humano através da responsabilidade social, o desenvolvimento de habilidades voltadas para o espírito de coletividade, do trabalho em equipe e da liderança. Além disso, o projeto é desenvolvido às margens do rio Sergipe, o que acaba ajudando a preservar o rio, que está bastante degradado.
“O remo beneficia a criança, dá noções de disciplina, de ajuda ao próximo e também de cidadania. Algumas vezes desenvolvemos o projeto ´Caça ao Tesouro´. Na primeira edição os atletas tinham que recolher das águas garrafas peti e copos plásticos. Foi então que tivemos uma surpresa, pois foram encontradas televisões, espuma de colchão e sofás, entre outras coisas. Isso acabou fazendo com que os alunos ajudassem a limpar o rio, ação que se tornou natural para eles, pois quando estão treinando acabam recolhendo objetos que são nocivos à natureza”, afirmou Dennis Fernandes.
O presidente da Associação diz já ter dado o ponta-pé inicial para o projeto, que conta com a colaboração da Escola Municipal J.K., que tem 25 alunos envolvidos com a prática esportiva do remo. “Esperamos mais ajuda do poder público e da iniciativa privada para que mais crianças possam ter a oportunidade de se desenvolverem como pessoa a partir da ajuda do esporte. Fazer esse tipo de acolhimento e de auxílio na adolescência, por volta dos 14 anos é importante, porque acabamos desviando esses meninos e meninas de caminhos ruins como as drogas, situação de rua ou outros bem piores”, finalizou Denis Pires.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
