[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Antes, a rua era o melhor espaço para este grupo que não teve a chance de revelar seus talentos ofuscados pela falta de oportunidade em suas vidas. Depois de inseridos nos programas sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), estes adolescentes encontraram cidadania e já se preparam para o mercado de trabalho, a partir das opções oferecidas pela Semasc quanto à qualificação profissional de centenas de jovens, que encontram na Semasc a porta de saída da situação de risco e vulnerabilidade social.

Por meio do Programa Jovem Aprendiz, a Semasc tem proporcionado a estes adolescentes cursos de capacitação, nos quais eles têm acesso a aulas teóricas e práticas, com a opção de aprender na prática, por meio de estágios, um ofício. Com o objetivo de manter os jovens bem informados e tirar suas dúvidas a respeito do mercado de trabalho, a Semasc procura sempre promover palestras e debates com a presença de profissionais de diversas áreas.

Dentro desta perspectiva, alunos do Curso Livre de Monitoria, com especialização em Dança e Teatro, criado pela Semasc na perspectiva de formar arte-educadores, se reuniram com educadores sociais e com o presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão de Sergipe (Sated/SE), Isaac Galvão, para discutir o papel do artista dentro da sociedade e sobre o processo de obtenção do registro profissional de arte-educador.

Para os jovens, esta foi uma chance de tirar dúvidas a respeito da profissão. “Acho que se profissionalizar é uma questão de ser cidadão”, conceitua Pierre Santos Oliveira, de 16 anos, aluno do Curso Livre de Monitoria, que já participa de oficinas dirigidas para o aprendizado de crianças e adolescentes inseridos no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), no bairro Suíssa.

Além de comentar sobre a profissão de artista, Isaac Galvão também ressaltou aos jovens a importância de se profissionalizar e obter um registro profissional. “A intenção do sindicato é conversar com estes jovens sobre a profissionalização, sobre a lei 6633/78, que trata sobre o registro profissional, a interação do artista com a sociedade para a realização de um trabalho sério e a importância da profissionalização de artista e técnico em diversão para a valorização da profissão no Estado”, ressalta Isaac, que avaliou como positiva a iniciativa da Semasc em capacitar os jovens. “Eu acho fundamental esse trabalho da Semasc nesse processo de despertar o jovem não só para a arte, mas também para a cidadania”, avalia o sindicalista.

O arte-educador Rivaldino Santos, um dos responsáveis pelo Curso Livre de Monitoria, afirma que a obtenção do registro profissional, feito por meio do Sated/SE e Ministério do Trabalho, é mais um passo no processo de qualificação e profissionalização dos jovens atendidos pela Semasc. “Estamos formando estes jovens para que, após a conclusão do curso, eles possam desenvolver seus próprios projetos”, observa Rivaldino. “Antes de enviarmos a documentação deles para o Sated/SE, vamos avaliar cada um deles. Passando nas provas, vamos auxiliá-los no processo de obtenção do registro junto ao Sated”, revela Rivaldino, que está confiante no sucesso dos alunos. “Nós queremos conscientizar estes jovens sobre a importância de se levar a sério a profissão”; reforça o arte-educador Sidney Araújo, um outro instrutor do Curso Livre de Monitoria.

Após as discussões, os jovens refletiram sobre o que ouviram. “Nós precisamos atuar enquanto pessoas e cidadãos para a regulamentação da profissão e é importante que a gente valorize a profissão para que possamos agir com seriedade. Não é só porque fazemos as pessoas rirem que não levamos o trabalho a sério”, observa o adolescente Aislan Santos Nascimento, de 17 anos, que se prepara para concluir o Curso Livre de Monitoria, com especialização em Teatro. “Eu concordo que devemos ser avaliados porque temos que ter a carteira com responsabilidade e mostrar que temos qualidade”, analisa Rodrigo da Silva, de 16 anos, que está participando do Curso com especialização em Dança. “Eu acho interessante o registro profissional por que não ficamos só no ôba, ôba. Percebemos a importância de ser um profissional responsável que quer contribuir para a reflexão da sociedade por que este é o papel do ator e do bailarino”, observa Norberto Abraão de Oliveira, de 18 anos, do Curso em especialização em Teatro.

“A profissão de artista é uma profissão com direitos, deveres e responsabilidades, na qual cada um tem o seu papel”, observa Patrícia Alves dos Santos, 18 anos, que está concluindo o Curso Livre de Monitoria com especialização em Teatro. “Tudo que Isaac falou era o que Rivaldino já nos falava: sobre sermos responsáveis e foi importante porque às vezes pensamos que artista é aquele que não precisa ser profissional, mas a verdade é que temos que ter compromisso e responsabilidade porque temos um compromisso com a sociedade”, acredita Acássia dos Anjos Santos, de 18 anos, que também participa da especialização em Teatro.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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