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“É como se eu estivesse fazendo uma linda homenagem para a minha filha”. A frase que define o desenho marcado na barriga resume o sentimento da dona de casa Erica Muniz. A jovem de 21 anos de idade está na terceira gestação e depois de dar a luz a dois meninos, agora espera uma menininha.doua

As cores e formas, que tiveram como pano de fundo a pele das gestantes internadas na ala Rosa, da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), são parte de uma técnica conhecida como ‘Pintura em Ventre’. A experiência desenvolvida em São Paulo pela artista plástica Julia Luah está sendo implantada na unidade de saúde, através do trabalho voluntário da fotógrafa e artista plástica Renata Maia.

“Nessa oficina, a palavra de ordem é criatividade. Não há uma regra específica, eu deixo que as

s fiquem livres para experimentar as pinceladas a partir do que as futuras mamães pedem. Sejam formas geométricas, flores, corações, não importa. Queremos que a paciente se identifique com o desenho”, conta Renata.

Participação

A iniciativa inédita faz parte do projeto ‘Doulas Amigas do Parto’, criado em dezembro de 2010. O projeto pioneiro no Estado tem como base o cumprimento da Lei 11.108, de 7 de abril de 2005, que garante às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nessa primeira etapa, das dez doukas (acompanhantes de parto) cadastradas na maternidade, cinco estão sendo capacitadas. “Me interessei muito pelo trabalho, afinal sempre fui apaixonada por pintura e até me arrisco em casa, pintando uns quadros. Estou me sentindo muito mais útil”, informa a doula Iolane Andrade.
 
Efeitos

Segundo a psicóloga, Síllvia Anjos, a atividade lúdica traz diversos benefícios para as pacientes como a redução da ociosidade gerada pelo internamento, a elevação da auto estima da paciente que tem seu corpo modificado pelo crescimento do bebê, além de ressaltar a beleza da gestação.

“Quando uma mulher fica grávida, ela passa por várias mudanças físicas e emocionais. Com essa integração, percebemos que o processo de hospitalização passa a ser menos doloroso. Longe de casa e da família, a paciente tem uma tendência ao isolamento, à tristeza. Quando nos aproximamos, através do serviço, percebemos uma socialização”, destaca a psicóloga.
 
Humanização

A pintura em ventre faz parte das ações desenvolvidas pelo Grupo de Promoção em Saúde (GPS). O trabalho realizado na maternidade por uma equipe multidisciplinar tem o foco voltado para humanização do parto. “Duas vezes por semana acontecem reuniões com as gestantes, onde elas podem esclarecer dúvidas e trocar experiências”, encerra a coordenadora do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), Dayse Viana.

“Esse trabalho de humanização é muito importante. A chegada do bebê é um momento muito bonito na vida da mulher e esse trabalho traduz muito bem a delicadeza do nascimento”, conclui o secretário estadual da Saúde, Silvio Santos.

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