Ações integradas ajudam a evitar mortes maternas
A integração entre as diversas unidades vinculadas à Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem sido fator fundamental para garantir o atendimento integral às mães sergipanas. Comemorado nesta segunda-feira, 28, o Dia Nacional Redução da Mortalidade Materna é uma data criada não apenas para conscientizar, mas para qualificar o atendimento às gestantes através da melhoria de políticas públicas direcionadas às mulheres.
Todos os meses, a Maternidade Hildete Falcão Baptista (MHFB) realiza mais de mil Boletins de Procedimentos Ambulatoriais (BPA’s), documentos que, além de controlar a entrada de pacientes na unidade, detalham as demandas das gestantes acolhidas pela instituição considerada referência para casos de alta-complexidade em Sergipe.
Só no primeiro quadrimestre deste ano, a Maternidade realizou 718 partos entre normais e cesarianas. Deste total, duas mulheres sofreram complicações durante a gestação ou após o nascimento do bebê e chegaram a óbito. "Muitas vezes as pacientes já chegam apresentando problemas graves e as equipes médicas da unidade precisam reverter o quadro de risco", explica o coordenador geral da Hildete Falcão, George Caldas.
Para evitar o aumento desses números, o Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) vem reforçando o atendimento às pacientes através do pré-natal de alto risco. Atualmente, o centro atende a aproximadamente 400 gestantes de todo o Estado. "Depois que é feito o diagnóstico na unidade básica, o médico do município encaminha um relatório para o Caism, onde a gestante será acompanhada de perto pelos especialistas", explica Luciana Santana, gerente de Serviços Especializados da unidade.
Evitar o risco
O índice de óbitos da mortalidade materna é contabilizado a partir da morte de mulheres grávidas ou até 42 dias após o parto. A eclampsia, hipertensão específica da gravidez, é a principal causa de morte materna no Brasil. Em seguida, aparecem as infecções ocorridas após o parto ou após o aborto e as hemorragias. Todas essas complicações podem ser contornadas com pré-natal de boa qualidade e assistência adequada no parto e no pós-parto.
De acordo com especialistas, além da má qualidade do acompanhamento na gestação, a falta de planejamento familiar é um dos agravantes deste panorama. Muitas das mulheres que morrem em função da gravidez são aquelas que não a desejavam, como as adolescentes e as mais idosas. A carência de orientação também prejudica as que sofrem de doenças cardíacas e de outras patologias que podem ser agravadas com a gravidez.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Ações integradas ajudam a evitar mortes maternas – Foto: Márcio Garcez/Saúde