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Por Carla Sousa, da Ascom/Secult

Durante o mês de junho, Sergipe respirou tradições. Por todos os cantos do estado, a cultura popular em todas as suas vertentes foi exaltada e ganhou força através de diversas iniciativas do Governo de Sergipe. Os concursos de quadrilhas e a programação 100% sergipana do Arraiá do Povo são exemplos desse comprometimento da gestão com a cultura produzida no estado. Além disso, editais, prêmios e festivais têm contribuído para a valorização das manifestações culturais e dos artistas sergipanos que se desdobram durante todo o ano. 

Essas ações, que vêm sendo encabeçadas pela Secretaria do Estado da Cultura (Secult), priorizam os ‘fazeres culturais’ de Sergipe e dialogam com a política pública desenvolvida na área da cultura. “As nossas ações são pensadas de forma que venham a contemplar os três eixos principais da política cultural do Governo, que são: a promoção do acesso da população aos bens culturais, a capacitação dos agentes e a circulação da produção cultural do estado”, destacou a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino.

Com o objetivo de dar acesso de forma democrática aos bens culturais produzidos em Sergipe, toda a programação desenvolvida pela Secult nesse período teve acesso gratuito e reuniu o que há de mais autêntico na cultura sergipana. Com apresentações diversificadas em diferentes pontos da capital, sergipanos e turistas tiveram a possibilidade de conferir as manifestações que fazem do ciclo junino um período de muito brilho para os artistas sergipanos.

No Centro de Criatividade e no Complexo Cultural Gonzagão, duas unidades da Secult, os concursos de quadrilhas já viraram tradição. Todos os anos, no período junino, os dois espaços se transformam em verdadeiras vitrines da cultura popular sergipana. Além de apresentar para o público a beleza de suas coreografias e o colorido de seus figurinos, os quadrilheiros são recompensados com prêmios em dinheiro que somam R$ 15,5 mil.

 “Vem quadrilhas de várias partes do estado que sempre trazem suas caravanas de torcedores e transformam esse espaço numa grande festa”, explicou o diretor do Centro, Isaac Galvão. Durante o mês de junho, a unidade se transforma no tradicional Arraiá do Arranca Unha e mobiliza um público de aproximadamente três mil pessoas por noite. Já no Gonzagão, a estimativa é de uma média de mil pessoas.

Mais ações

As ações do Governo de Sergipe para beneficiar as quadrilhas juninas este ano não ficam restritas apenas aos concursos. Foi lançado, recentemente, o Edital do Prêmio de Reconhecimento às Quadrilhas Juninas do Estado de Sergipe – Edição Centenário Luiz Gonzaga, que irá distribuir R$ 80 mil em prêmios para as quadrilhas que se destacarem na manutenção, difusão e fortalecimento desta importante manifestação cultural durante o ciclo junino de 2012.

Todas as quadrilhas do Estado poderão participar. As inscrições serão abertas no dia 26 de julho e seguem até 3 de agosto. A secretária Eloísa Galdino destaca o caráter inovador desta iniciativa. “Através desse edital, o Governo de Sergipe e a Secult demonstram mais uma vez o compromisso com as tradições sergipanas. A quadrilha junina é, sem dúvida, uma das representações mais autênticas da nossa cultura, e por isso, resolvemos premiá-las através desse Edital, uma ação que acontece pela primeira vez no estado”, disse.

Nesse período de celebração das tradições nordestinas e sergipanas, um dos pontos altos é a programação da praça de eventos da Orla, onde acontece o Arraiá do Povo. Essa grande festa atrai milhares de pessoas para a cidadezinha cenográfica, que durante 13 dias abrigou apresentações de mais de 65 atrações. Grupos folclóricos, bandas de pífano, quadrilhas juninas, trios pé-de-serra e sanfoneiros representaram o que há de mais autêntico na cultura sergipana.

 “O Arraiá do Povo é um espaço onde o turista tem a possibilidade de conhecer as nossas manifestações artísticas e é também um local para que o sergipano possa se reencontrar com suas raízes”, ressaltou Eloísa Galdino. A cidade cenográfica já virou uma referência nos festejos juninos organizados pelo Governo de Sergipe e todos os anos é sucesso de público, reforçando o compromisso de promover o acesso da população aos bens culturais produzidos em Sergipe.

Os artistas escalados para se apresentar no Arraiá não pouparam elogios para essa iniciativa que vem resgatar e valorizar a produção cultural dos sergipanos. “Nós damos muito valor a iniciativa da Secult de contratar apenas artistas da terra justamente por isso, por ser uma ótima maneira de valorizar nossa cultura e arte. E está aí uma coisa que Sergipe é rico: de artistas de qualidade, de forrozeiros de primeira”, enfatizou a cantora Marluce, que faz dupla com o sanfoneiro Zé Rosendo. O casal completa 41 anos de carreira sempre difundindo o que há de mais autêntico na música sergipana.

Esse ano, boa parte dos artistas que se apresentam no Arraiá do Povo serão pagos com recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Cultural e Artístico (Funcart), administrado pela Secult e pelo Conselho Estadual de Cultura. Esta é a primeira vez que a verba destinada ao pagamento desses cachês é originada do Funcart, fundo que era praticamente inutilizado antes da chegada de Marcelo Déda ao Governo do Estado. Essa realidade mudou e a secretaria potencializou o Fundo e o transformou em uma verdadeira ferramenta em prol da cultura sergipana.

Através da verba do Funcart, a Secult irá viabilizar mais uma ação que irá beneficiar os músicos sergipanos: o Alumiar – II Festival de Novas Composições de Forró.  Esse ano, o festival entra na sua segunda edição e promete repetir o sucesso obtido em 2011. O festival acontece em agosto e serão distribuídos R$ 14 mil em prêmios. As inscrições já estão abertas.

Circulação

Além de poder apresentar seus trabalhos para o público sergipano, através do Alumiar e dos eventos promovidos pela Secult, diversos artistas sergipanos estão tendo a oportunidade de serem reconhecidos por públicos de outros estados e até mesmo de outros países. Em 2011, o forrozeiro Cobra Verde embalou os europeus com seu forró no Festival TenSamba, realizado em Madrid.

Cobra Verde foi um dos músicos sergipanos selecionados pela organização do TenSamba a partir de uma ação do projeto ‘Sergipe Exporta Som’, executado pela Secult, Fundação Aperipê e outros parceiros, como Disco de Barro e Astronave (PE), para levar a música do estado para além fronteiras. Além do forrozeiro, a cantora Patrícia Polayne e o grupo Café Pequeno também marcaram presença no Festival.

Este ano foi a vez do mestre do folclore sergipano, José Ronaldo de Menezes, mais conhecido como Zé Rolinha, ultrapassar as fronteiras do estado com sua arte. O líder dos grupos da Chegança e do Lambe-Sujo, do município de Laranjeiras, foi um dos contemplados pelo Edital de Intercâmbio e Difusão Cultural, e teve parte da viagem custeada com recurso da Secretaria de Estado da Cultura.

Depois de receber três convites da Universidade de Alicante, Zé Rolinha enfim pôde aproveitar a oportunidade de enriquecer ainda mais seu repertório cultural através do edital. Durante os dez dias em que esteve na Espanha, Zé Rolinha teve a oportunidade de conhecer as manifestações tradicionais do país, trocar experiências com brincantes europeus e palestrar sobre as tradições folclóricas brasileiras.

“A Secult é minha grande parceira. Não é a primeira vez que ela me ajuda a realizar meus projetos, e depois dessa viagem à Espanha proporcionada pela Secretaria, eu posso dizer que esse projeto é grandioso, muito viável, de importância gigantesca. É a oportunidade que os milhares de artistas sergipanos estavam precisando. É a chance que nós estamos tendo de levar nossa cultura popular ao Brasil inteiro e ao mundo”, comentou o mestre do folclore sergipano.

Ano Cultural Luiz Gonzaga

A celebração das tradições populares por parte do Governo de Sergipe e da Secult, não se restringem ao período junino. Para este ano, já está sendo preparada uma grande festa que irá marcar o Ano Cultural Luiz Gonzaga, instituído pelo governador Marcelo Déda, em reconhecimento ao centenário do Rei do Baião. Se Luiz Gonzaga estivesse vivo, ele completaria 100 anos em dezembro. Para marcar essa data tão importante, a Secult já trabalha na preparação de um evento especial em homenagem ao grande precursor do forró.

“A nossa ideia é fazer um grande evento no mês de dezembro no espaço da Secult que leva o nome do nosso homenageado, o Complexo Cultural Gonzagão. Queremos integrar expoentes dos mais diversos segmentos artísticos para que essa não seja uma ação somente de música, já que o Rei do Baião e sua vasta obra exercem uma forte influência em diversos setores do meio cultural”, explicou a coordenadora de projetos culturais e eventos da Secult, Wener Brasil.

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